domingo, 30 de outubro de 2011

DE MADONNA A ALLEN: VEJA AS FAMÍLIAS ADOTIVAS DE HOLLYWOOD

DE MADONNA A ALLEN: VEJA AS FAMÍLIAS ADOTIVAS DE HOLLYWOOD
25 de outubro de 2011
ü Madonna já era mãe de Lourdes Maria e Rocco quando resolveu adotar mais filhos. A estrela pop também é mãe de David Banda e da menina Marcy James, ambos nascidos no Malauí. Mas ela não é a única celebridade a adotar crianças. Angelina Jolie e Brad Pitt, Hugh Jackman, Katherine Heigl e Meg Ryan também estão na lista. Conheça outros casos de famílias adotivas de Hollywood
Foto: AP/Getty Images
ü Brad Pitt e Angelina Jolie são considerados os pais adotivos mais famosos de Hollywood. O casal tem três filhos adotados: Maddox, de Camboja, Zahara, da Etiópia, e Pax Thien, que nasceu no Vietnã
Foto: Getty Images
ü Quando ainda era casada com Tom Cruise, Nicole Kidman adotou duas crianças: Isabella e Connor
Foto: Getty Images
ü Meg Ryan foi uma das atrizes de Hollywood que optou pela adoção. Ela é mãe da menina Daisy True, nascida na China
Foto: Getty Images
ü Ewan McGregor também adotou uma criança, mas preferiu ser discreto em relação ao assunto. Ele é pai de uma menina nascida na Mongólia. Na época da adoção, que aconteceu em 1996, a criança tinha 4 anos
Foto: Getty Images
ü Sandra Bullock iniciou o processo de adoção de uma criança quando ainda era casada com Jesse James. Depois que soube das traições do marido e pediu o divórcio, a atriz afirmou que continuaria com o processo de adoção. A estrela é mãe do menino Louis, nascido em Nova Orleans
Foto: AP
ü Michelle Pfeiffer também optou por ter filhos adotivos. Ela adotou a menina Claudia Rose em 1993, quando se casou David E. Kelley
Foto: Getty Images
ü O galã Hugh Jackman e a mulher Deborra-Lee Furness decidiram adotar após descobrirem que não poderiam ter filhos. Os dois são pais de Oscar e Ava Eliot
Foto: Getty Images
ü A atriz Katherine Heigl e o marido, o cantor Josh Kelley, são pais adotivos da menina coreana Nancy Leigh
Foto: Getty Images
ü Diane Keaton também decidiu ser mãe através da adoção. Ela tem dois filhos: a menina Dexter e o menino Duke
Foto: Getty Images
ü Sharon Stone é mãe adotiva de três meninos: Roan Joseph, Laird Vonne e Quinn. Na foto, a atriz está com Roan
Foto: Getty Images
ü O diretor de cinema Steven Spielberg tem sete filhos. Destes, dois são adotados: Mikaella George Spielberg e Theo Spielberg, que está com ele na foto
Foto: Getty Images
ü Quando ainda era casada com o ator Richard Stevenson, Kirstie Alley adotou duas crianças: William True e Lilie Price. Depois da separação, a atriz ficou com a guarda dos filhos
Foto: Getty Images
ü Jamie Lee Curtis também optou pela adoção. Ela é mãe de Tom e Annie, que está ao lado da atriz
Foto: Getty Images
ü Mia Farrow foi uma das estrelas de Hollywood pioneiras na adoção de crianças. A atriz tem dez filhos adotados desde 1973 em países como Coreia do Sul, Vietnã, Índia e China. Uma de suas filhas adotivas, Soon Yi Previn, teve um caso com Wood Allen, seu marido na época, provocando a separação do casal
Foto: Getty Images
ü Woody Allen e Soon Yi Previn se casaram e também adotaram crianças. Os dois são pais de Bechet e Manzie Tio
Foto: Getty Images
Fonte: http://cinema.terra.com.br/fotos/0,,OI174406-EI1176,00-De+Madonna+a+Allen+veja+as+familias+adotivas+de+Hollywood.html

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vídeo do VIII Encontro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção do RJ

Um lindo presente do GAA Flor de Maio.

O SEGUNDO ABANDONO

14.10.2011
Tornam-se comuns casos de crianças adotadas e, depois, devolvidas. E a Justiça não sabe como lidar com esse problema
Solange Azevedo
Confira, em vídeo, os depoimentos de três crianças :
DUPLA DEVOLUÇÃO
Paula, de patinete, e o irmão mais novo viveram 11 meses com um casal paulista

Crianças adotivas não têm um passado feliz. Vão morar com famílias substitutas, em geral, porque viveram tragédias pessoais – foram abandonadas, vítimas de maus-tratos ou da miséria ou porque os pais biológicos morreram. Muitas têm a sorte de encontrar lares afetivos e formar laços sólidos. Uma parcela dessas crianças, porém, passa por outras experiências avassaladoras: o segundo, o terceiro abandono. São “devolvidas” à Justiça pelos pais adotivos ou guardiões e acabam em abrigos. Embora não exista um levantamento nacional, estatísticas regionais revelam que essa questão é grave e não deve ser desprezada. Das 35 crianças e adolescentes disponíveis para adoção na Associação Maria Helen Drexel, na zona sul de São Paulo, 11% já passaram por esse drama. Em apenas uma das varas da infância da cidade do Rio de Janeiro, ocorreram oito devoluções no primeiro semestre deste ano. Três de cada dez crianças e adolescentes que estão em abrigos de Santa Catarina foram devolvidos ao menos uma vez.
Devoluções ocorrem em três situações. Durante o estágio de convivência, em que a adoção definitiva ainda não foi efetivada, depois da adoção formalizada ou quando a família tem a guarda da criança. “Muitas devoluções poderiam ser evitadas. Mas o Judiciário brasileiro não tem estrutura para acompanhar esses casos como deveria”, afirma Mery-Ann Furtado e Silva, secretária-executiva da Comissão Esta¬dual Judiciária de Adoção (Ceja) de Santa Catarina. Ela avalia que um dos principais problemas é que há pessoas que sonham com o “filho ideal” e, quando confrontadas com os desafios de educar uma “criança real”, não dão conta de lidar com “imperfeições” que, em filhos biológicos, seriam toleradas. “Estamos engatinhando no processo de preparação dessas famílias”, diz Mery-Ann. “Principalmente quando a criança é adotada mais velha, porque ela traz consigo componentes importantes que devem ser trabalhados.”
DRAMA
11% das crianças disponíveis para adoção na Associação Maria Helen Drexel já foram devolvidas
Recentemente, a Justiça catarinense não aceitou que um casal devolvesse apenas um dos filhos adotivos – um garoto de 13 anos – e determinou a destituição do pátrio poder também sobre a irmã biológica dele – uma menina de 10 – porque considerou que ambos sofreram abuso emocional. Marcelo* e Tainá* foram adotados em 2004, por integrantes da classe média alta da região de Blumenau. Por uma professora universitária e um estrangeiro. Um homem ausente que, segundo relatos, não se comunica bem em português e vive às voltas com estudos no Exterior. “Eu me apaixonei pela Tainá. Deus a fez para mim. Ela quer ser minha e eu dela”, declarou a mãe adotiva a profissionais do Judiciário local. Como os magistrados raramente separam irmãos, o casal decidiu adotar Marcelo para não perder Tainá. Ele tinha 6 anos. Ela, 3. No abrigo onde morava, Marcelo era descrito como “muito normal” e “carinhoso”. Não havia nos registros algo que o apontasse como garoto-problema. Os irmãos seguiram para a casa da família e se juntaram a Maurício*, filho biológico do casal.
As rusgas com Marcelo começaram logo no primeiro dia. De acordo com a mãe adotiva, o menino levou uma surra porque deu um chute no pai. Diversas pessoas que conviveram com eles contaram, em depoimento, que Marcelo nunca foi aceito como filho e não houve grande esforço do casal para inseri-lo no contexto familiar. Marcelo sempre se sentiu indesejado. Tinha de ir a pé para a escola, num bairro vizinho. Tainá e o filho biológico frequentavam outros colégios e eram levados de carro. Se Marcelo fizesse alguma traquinagem, era punido severamente. Tainá e Maurício, muitas vezes, nem sequer eram repreendidos. Se Marcelo fizesse xixi na cama, tinha de lavar os lençóis. Tainá, não. A mãe adotiva chegou a dizer que no início sentia um carinho pelo menino. Mas, depois, passou a odiá-lo. Quando um oficial de justiça foi buscar as crianças para levá-las para um abrigo, a mulher se desesperou ao ser informada de que a menina também iria embora. Aos gritos, disse: “Isso é coisa do Marcelo, ele está se fingindo de doente para a juíza ficar com pena e levar a Tainá também. Ele não suporta ver que a Tainá é amada. O Marcelo é psicopata, precisa de um psiquiatra.”
DOR
Raquel foi devolvida depois de 6 anos. A psicóloga Helena diz que a menina entrou em depressão
Na ação de destituição do poder familiar, o desembargador Joel Dias Figueira Júnior escreveu que “a desprezível prática da ‘devolução’ de crianças começa a assumir contornos de normalidade”. E que observa “a tomada de vulto, em todo o território nacional, de situações idênticas ou semelhantes” à vivida por Marcelo e Tainá. No Rio de Janeiro, um levantamento feito pelo Serviço Social e de Psicologia da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital mostra que esse problema vem crescendo. Entre 2005 e 2010, 20 crianças foram devolvidas àquela vara. E, apenas no primeiro semestre deste ano, ocorreram oito devoluções. “As crianças são trazidas como objetos”, lamenta a psicóloga Patrícia Glycerio R. Pinho. “Quando o vínculo de filiação não se dá, pequenas dificuldades se tornam grandes. Às vezes, os pais adotivos não percebem que estão sendo testados e acham que é ingratidão da criança. Imperfeições num filho adotivo são mais difíceis de ser acolhidas porque os pais pensam: ‘isso não pertence a mim porque não o gerei’.”
Patrícia já viu e ouviu uma porção de absurdos. Certo dia, uma mãe adotiva, de bom nível sociocultural, ficou indignada porque a filha andava vomitando. “Estou dando salmão e ela nunca tinha comido”, reclamou. Outra, depois de um ano e meio, devolveu três irmãos ao conseguir engravidar. As crianças já tinham até trocado de nome. Foi um baque. “Geralmente, os pais vêm com uma posição fechada”, diz a psicóloga Patrícia. “O que é pior: a criança ficar numa casa onde já não tem espaço ou ir para um abrigo e tentarmos recolocá-la numa outra família?” Lidia Levy, psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, uma das autoras do trabalho “Família é muito sofrimento: um estudo de casos de devolução de crianças”, relata que está havendo uma mudança no perfil dos adotados. “Praticamente inexistem bebês disponíveis. Por isso, há quem não queira esperar na fila e acaba aceitando crianças mais velhas”, afirma Lidia. “Mas, se essa mudança não for bem trabalhada, pode não dar certo.”
"O Judiciário brasileiro não tem estrutura para acompanhar esses casos como deveria"
Mery-Ann Furtado e Silva, secretária-executiva da Ceja-SC
A pequena Raquel*, 10 anos, ficou seis anos sob a guarda da madrinha – a quem chamava de mãe – depois que a mãe biológica morreu. Durante muito tempo, a convivência foi pacífica. Mas, nos últimos meses, as desavenças com o filho biológico ficaram frequentes. “Eu e meu irmão brigávamos bastante, um irritava o outro, e o esposo da minha madrinha não me quis mais”, lembra Raquel. A menina vive na Associação Maria Helen Drexel e diz que quando sair do abrigo vai procurar pela guardiã. “A Raquel tem um amor imenso por ela”, analisa Helena Zgierski, psicóloga da associação. “Apresentou depressão e um quadro psiquiátrico complicado quando chegou aqui. Passou dias e noites sem dormir nem comer. Só chorando. Crianças devolvidas se culpam e acham que não são boas o suficiente.” Helena afirma que pessoas que procuram uma criança com a intenção de fazer caridade ou para salvar um casamento, por exemplo, têm enormes chances de fracassar. “O amor tem de ser incondicional, porque a gente não sabe o que a criança traz registrado”, avalia.
"Crianças devolvidas se culpam e acham que não são boas o suficiente"
Helena Zgierski, psicóloga da Associação Maria Helen Drexel
Em todas as histórias de devolução que Helena conhece, havia um filho biológico na família. “Existe uma disputa por amor e espaço. É um outro ser que está chegando. A criança que vai ganhar um irmão também tem de participar desse processo”, diz ela. Foi o que aconteceu com Paula*, 8 anos, e Lauro*, 4. Depois de 11 meses de convivência com um casal de São Paulo, os dois foram devolvidos e estão num abrigo. Paula e o filho biológico do casal, Gustavo*, viviam às turras. Além das brigas constantes, ela e Lauro têm um histórico difícil. Moravam na rua com a mãe biológica e passaram por situações de privação e maus-tratos. “Eu bagunçava muito onde fui adotada. Ficava xingando todo mundo. Batia nas pessoas quando ficava com raiva. Desobedecia minha mãe”, admite Paula. “Meu pai não aguentava meu choro e minha bagunça e me batia.” A menina se culpa pela devolução e pela tristeza do irmão pequeno. Lauro ainda pergunta pelo pai adotivo: “Por que ele não vem me buscar?”
* Para preservar a identidade das crianças e adolescentes citados nesta reportagem, seus nomes foram trocados.
Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/168178_O+SEGUNDO+ABANDONO

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pais 'velhos' perdem guarda de bebê na Itália

27/10/2011 - 08h57
Pais 'velhos' perdem guarda de bebê na Itália

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CLÁUDIA COLLUCCI
EM WASHINGTON

Ela, uma bibliotecária italiana de 57 anos. Ele, um aposentado de 70. Casados há 21 anos, decidiram ter um bebê com óvulos doados após anos tentando uma gravidez, sem sucesso. Há um ano e sete meses, nasceu Viola.

No mês passado, Gabriella e o marido, Luigi de Ambrosis, perderam a guarda da filha porque a corte de Turim (Itália) entendeu que eles são velhos demais e não têm condições de criá-la. A menina foi colocada para adoção.
O caso vem repercutindo nos meios médicos, jurídicos e bioéticos por trazer mais uma vez à tona a questão: quais os limites da maternidade/paternidade a partir das novas tecnologias?

No relatório de 15 páginas, ao qual a Folha teve acesso, os cinco juízes são taxativos: os pais foram "egoístas e narcisistas" por ter tido a criança em idade avançada. O casal já havia tentado adotar um bebê, mas foi reprovado por causa da idade.

"Eles nunca pensaram sobre o fato de que a filha poderia ficar órfã muito jovem ou seria forçada a cuidar de seus pais idosos na idade em que os jovens mais precisam de apoio", diz o relatório.

"Essa criança é fruto de uma aplicação distorcida das enormes possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias", afirmam os juízes.

QUESTÃO MORAL

Para a antropóloga Debora Diniz, professora da Universidade de Brasília e membro da diretoria da Associação Internacional de Bioética, a tentativa de relacionar gravidez tardia a egoísmo "é um valor cristão sobre a reprodução". "A certeza do projeto parental é a melhor aposta para o cuidado. Isso não tem idade", afirma.

O ginecologista Artur Dzik, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, diz que hoje 20% das mulheres que buscam tratamento têm mais de 40 anos. A tendência é de aumento.

Ele afirma que os problemas acarretados pela gravidez tardia são sempre discutidos antes do tratamento, mas que as mulheres são muito "imediatistas". "Acho que tem até um certo egoísmo de não projetar o futuro e viver só o presente, aproveitando os avanços da medicina. Nesses casos, é mandatória uma avaliação psicológica do casal."

A partir dos 40 anos, muitas mulheres recorrem a óvulos doados, para aumentar as chances de gravidez. Segundo Dzik, com essa técnica, as possibilidades de engravidar são de 50%. Pesquisas mostram taxas menores, de 30%.

POLÊMICA

O caso italiano teve início no ano passado, quando a bebê tinha um mês. Um vizinho denunciou o casal por, supostamente, ter deixado a filha sozinha no carro por 40 minutos. A mãe diz que estava descarregando o carro com compras e que nunca perdeu a menina de vista.

Em outra ocasião, outro vizinho chamou a polícia e disse que o casal havia deixado a bebê no carro, chorando, para tentar fazê-la dormir. A criança foi recolhida e deixada sob a guarda de uma família autorizada pela Justiça.

Os pais foram submetidos a testes psicológicos e psiquiátricos que concluíram que a mãe não estabeleceu vínculos emocionais com a filha. O marido também não teria demonstrado preocupação com o bem-estar da filha.

O casal entrou com recurso para reverter a decisão judicial. "É como se ela tivesse sido roubada de nós. A principal vítima dessa injustiça não somos nós. É o nosso bebê", afirmou Gabriella ao jornal italiano "La Stampa". O casal só pode ver a menina a cada 15 dias.

Se a questão é idade avançada, os tribunais italianos ainda terão mais trabalho pela frente.

Só em setembro, outros dois casais mais velhos (elas, de 57 e 58 anos; eles, 65 e 70 anos) geraram gêmeos por doação de óvulos. Todos os tratamentos, inclusive o de Gabriella, foram feitos fora da Itália. O país não permite a doação de óvulos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Médicos defendem reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente

CAROLINA SARRES
DE BRASÍLIA
Médicos e especialistas em direitos da criança e do adolescente defenderam a aprovação do projeto de lei que reforma o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) -- a "Lei da Palmada" -- e reforça o controle da Justiça sobre casos de violência contra menores.
A reunião aconteceu na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, em Brasília.
A comissão também decidiu que será solicitada uma audiência com o ministro da secretaria de assuntos estratégicos, Moreira Franco. De acordo com a deputada Érika Kokay (PT-DF), presidente da comissão, a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil) foi quem orientou que o tema seja tratado como "assunto estratégico".
O encontro desta terça-feira foi a quarta audiência pública da comissão sobre o tema, que ainda receberá membros do governo e representantes de crianças e adolescentes para que o texto do projeto de lei (7.672/2010) seja aprovado pela Casa. Em seguida, o projeto segue para deliberação no Senado.
O QUE MUDA
O projeto de lei em trâmite na Câmara visa regulamentar o Estatuto da Criança e do Adolescente e implementar um arcabouço de políticas públicas que deem sustentação à legislação já existente.
O estatuto, que é o que vigora atualmente, menciona "maus tratos", mas não especifica quais castigos não podem ser aplicados pelos pais ou responsáveis.
Segundo a proposta em discussão, "castigo corporal" e "tratamento cruel e degradante" serão incluídos no texto da lei como violações aos direitos na infância e na adolescência.
Também serão especificadas as garantias das crianças e dos adolescentes, as definições de "castigo corporal e "tratamento cruel ou degradante", as medidas de proteção aos menores e as políticas de prevenção à agressão.
"Há quem ache a lei desnecessária, argumentando que os direitos já estão no estatuto, que essa lei é sem objetivo e que haverá interferência do Estado na relação entre pais e filhos. Isso não é verdade. O ECA necessita de efetividade para alcançar a todos.
O objetivo da lei é informar e ter mecanismos de proteção e acompanhamento; é um avanço legislativo para que possamos pautar a realidade e para que haja garantia de direitos na prática. Nós, que trabalhamos com a garantia dos direitos, precisamos de instrumentos para trabalhar", afirmou a coordenadora da defensoria pública dos direitos da criança e do adolescente, Eufrásia Maria Souza das Virgens.
PREJUÍZOS
Evelyn Eisenstein, representante brasileira na ISPCAN (Sociedade Internacional de Prevenção, Abuso e Negligência na Infância), informou que a violência na infância e na adolescência é prejudicial porque rompe a confiança das crianças em relação àqueles que deveriam cuidar --os pais.
"Não estamos falando de palmadinha. Quem trabalha em emergência pediátrica sabe que não é brincadeira. São castigos extremamente violentos, garotos que chegam com olho furado, queimaduras e cicatrizes que deprimem só de atender", disse Eisenstein.
Segundo ela, os castigos corporais e os maus tratos podem ser relacionados a futuros transtornos psicossociais, emocionais, alimentares e cognitivos; evasão escolar; consumo de drogas; reações alérgicas; problemas de crescimento; fugas de casa; entre outros.
"As lesões corporais são fáceis de detectar. O pior são as lesões cerebrais permanentes, o que não se pode mais tirar da cabeça daquela criança, que precisará de tratamento psiquiátrico e psicológico", afirmou a representante.
Célio da Cunha, representante da Unesco no Brasil, afirmou que a questão da violência contra crianças é uma discussão ampla.
"É um tema estrutural na sociedade brasileira. A maioria da população aprova ainda o castigo físico, temos que ter um amplo trabalho de conscientização. Com as leis e os operadores da Justiça atuando, vamos inaugurar um novo período", disse Cunha.


Fonte: FOlha Online

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Preferências de famílias prejudicam processos de adoção

19 de outubro de 2011 - n° 497

Quarta-feira, 19/10/2011

No Brasil, o número de pessoas interessadas em adotar é cinco vezes maior que o de crianças e adolescentes que esperam por uma família. Apesar da grande procura, as exigências impostas pelos pretendentes acabam por criar dificuldades. Assista a matéria, com as entrevistas com promotor de Justiça do Rio de Janeiro Rodrigo Medina, o conselheiro tutelar de São Luís (MA) Antonio Jorge Lisboa e com o ex-presidente da SBP e atual Secretário da Criança do DF, dr. Dioclécio Campos Júnior.
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Das 5,1 mil crianças para adoção, 25% têm alguma enfermidade ou deficiência

Renata Mariz
Publicação: 24/10/2011 07:45 Atualização: 24/10/2011 07:57

A história de um bebê com síndrome de Down deixado em um dos mais caros hospitais do Rio de Janeiro, há pouco mais de uma semana, virou notícia nacional, despertando a comoção de gente do país inteiro. Embora uma analogia com o folhetim Páginas da Vida, no qual uma criança nas mesmas condições acaba rejeitada pela família na maternidade, tenha sido feita exaustivamente, o drama do recém-nascido na unidade carioca nada tem de enredo de novela. É um problema não apenas real, como também frequente no Brasil. Para se ter ideia, a cada cinco crianças e adolescentes hoje no Cadastro Nacional de Adoção, um tem doença grave ou algum tipo de deficiência. A chance de serem chamados de filhos diminui consideravelmente em relação aos saudáveis.

“O perfil exigido pela maioria das pessoas realmente não contempla as crianças com problemas de saúde. É um desafio maior trabalharmos para que elas sejam escolhidas”, diz o juiz Nicolau Lupinhaes, do Conselho Nacional de Justiça, que gerencia o Cadastro Nacional de Adoção. Há, atualmente, 5.157 meninos e meninas registrados. Desse total, 1.356 (26,3%) apresentam algum tipo de problema: 176 têm deficiência física; 326, doenças curáveis; e 99, não curáveis. O estado de saúde de 206 é ignorado. O número de crianças e adolescentes com deficiência mental é de 410 — ou seja, 8% do total de aptos à adoção. Na população em geral, o índice não passa de 2%. A discrepância fica nítida também no caso dos infectados por HIV. Enquanto 2,6% (139) dos incluídos no cadastro têm o vírus, a taxa no Brasil está em torno de 0,6%.

Carolina fez parte da triste estatística desde o nascimento, quando foi abandonada pela mãe biológica ainda na maternidade, até os quatro anos. Durante esse tempo, a menina, que tem paralisia cerebral e síndrome de Möebius, uma desordem neurológica complexa, morou em um abrigo. Até que, três anos atrás, as autoridades verificaram no Cadastro Nacional de Adoção pretendentes que, ao contrário de quase todos, não tinham perfil de criança definido. “Deixamos em aberto. Podia ser saudável ou não, homem ou mulher, de qualquer cor. O importante é que fôssemos tocados”, lembra Cleciani Cabral. Ao lado do marido, André Cabral, ambos com 32 anos, e dos dois filhos biológicos, o casal foi conhecer Carolina depois de saber da história da menina por meio das autoridades que lidam com o processo de adoção.

“Foi amor à primeira vista”, conta Cleciani. André lembra com bom humor a reação de alguns familiares e amigos. “Eles diziam que a gente era louco, que ia dar trabalho. Mas muitos deram força também”, afirma o analista de sistemas. A experiência com a pequena Carol foi tão fantástica, segundo o casal, que, em janeiro deste ano, aumentaram a família com Maria Vitória. Com microcefalia e atraso no desenvolvimento, a menina de 2 anos passa atualmente por uma bateria de exames para fechar o diagnóstico. Mas a evolução, em 10 meses de convivência, é notável. “Quando ela chegou, não conseguia firmar o pescoço, não ficava sentada sozinha. Agora, já está muito melhor”, diz André, enquanto beija a caçula.

Adaptação
Os filhos biológicos João Vítor e Jordana, ele com 5 e ela com 9 anos, também mimam as duas irmãs especiais. “É engraçado, porque eles nunca me perguntaram por que o pezinho da Carol é virado para dentro ou por que a Vitória não fala, não anda. Acho que as diferenças, para os dois, nem existem”, alegra-se Cleciani. O casal não descarta aumentar a prole com mais adoções. Por ora, entretanto, está entretido com a adaptação de Vitória. Quanto à missão de cuidar de quatro crianças, duas delas com um maior nível de dependência, Cleciani e André garantem que tiram de letra. “É gostoso. Eles retribuem absolutamente tudo. As meninas (Carolina e Vitória) estão nos ensinando muito”, afirma a mulher, olhando para a meninada na sala de casa, em Sobradinho.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,12/2011/10/24/interna_brasil,275268/das-5-1-mil-criancas-para-adocao-25-tem-alguma-enfermidade-ou-deficiencia.shtml

domingo, 23 de outubro de 2011

VIII Encontro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção do Rio de Janeiro



VIII Encontro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção do Rio de Janeiro



Amor Exigente


Livro Amor Exigente - Phyllis-David

Lema do Amor Exigente

EU O AMO, MAS NÃO ACEITO
O QUE VOCÊ ESTÁ
FAZENDO DE ERRADO!

Prevenção com Amor-Exigente

Prevenção com Amor-Exigente é o novo livro de Mara Silvia Carvalho de Menezes, que foi lançado nacionalmente no 7º Congresso de Amor-Exigente em Campo Grande.

O livro, fundamentado na proposta de Amor-Exigente, aborda formas de fazer prevenção antes que coisas ruins aconteçam nas famílias, escolas e comunidades. É um livro destinado a todas as pessoas que prezam por cidadania, educação e qualidade de vida.

"Fazer Prevenção é viver bem, buscando ser bom para si mesmo e para o outro, vivendo a cada dia só o hoje e assumindo o compromisso, com você mesmo de fazer de sua vida uma vida que valha a pena e para isto, nada melhor do que ter um programa como o Amor-Exigente com seus grupos de apoio", diz Mara Silvia.

Estruturado no programa, que é desenvolvido nos grupos de apoio, o livro apresenta o movimento Amor-Exigente e seus princípios Básicos e Éticos focando a Prevenção a comportamentos inadequados entre pais e filhos e problemas que podem ser desenvolvidos na comunidade em geral.

Também foi comemorado no 7º Congresso o lançamento da 32ª edição do livro "O que É Amor-Exigente", escrito também por Mara Silvia no início do movimento.

"A prevenção é um desafio que se impõe a todos nós e é nosso dever desestimular a experimentação, o uso, o abuso de tabaco, álcool e outras drogas, assim como é nosso dever lutar contra tudo o que nos torna vulneráveis expostos à violência, ao crime, aos acidentes de trânsito ou a corrupção em todas as suas formas."

(Trecho do livro Prevenção com Amor-Exigente)

O que é Amor-Exigente?: Resposta para Pais e Filhos MARA SILVIA CARVALHO MENEZES

O lema do Amor-Exigente é: EU O AMO, MAS NÃO ACEITO O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO DE ERRADO! O Amor-Exigente mostra como corrigir o que não está bem no lar e na família. É, principalmente, um programa de prevenção, mas também age sobre a recuperação. O AE não só ajuda jovens quimicamente dependentes como serve para qualquer jovem ou casal de pais com problemas. Se você anda nervoso, exausto, atrapalhado, desgostoso ou simplesmente aborrecido com a família, o Amor-Exigente é para você.

Editora: Loyola
Ano: 2005
Edição: 32
Número de páginas: 164

O que uma mãe pode esperar do filho

23 DE OUTUBRO DE 2011 | 12:00 | SEM CATEGORIA |

O drama de toda mãe é saber se ela foi boa o suficente, e ser boa significa ter o filho encaminhado na vida, agindo dentro das fronteiras do caráter, que ele encontre um grande amor (não tão grande como ela, claro) e que ele seja feliz. Do momento em que engravida até o último suspiro, uma mãe jamais terá certeza de que deu o melhor de si e que agiu corretamente na maioria das situações difíceis que se apresentaram a ela. A única coisa que uma mãe sabe é que amou profundamente aquele ser, mais às vezes do que a si própria.
Uma mãe com um bebê no colo ignora o que o futuro lhe reserva: se ela terá leite suficiente, se o pai estará presente ainda que eles se separem, se as mães dos amiguinhos dirão que ele é um anjo de comportamento, se o filho vai andar cedo ou tarde, se tirará boas notas na escola, se vai sofrer na mão das mulheres, se vai arrumar um bom emprego, se não vai sofrer nenhum acidente, se vai telefonar quando sair para beber com os amigos, se não sucumbirá às glórias e às ilusões deste mundo. Uma mãe nasceu para ver o coração quicando da boca ao estômago, mas pelo menos ele sempre estará cheio.
Aquele ser indefeso na maternidade pode se tornar um médico competentíssimo, um empresário de sucesso, um advogado cheio de ideais, o presidente do Brasil ou até um perigoso traficante de drogas. Por acaso a mãe do Polegar imaginava que seu bebê um dia seria preso no Paraguai, acusado de chefiar uma das maiores quadrilhas do Rio de Janeiro? Se soubesse, ela o teria abandonado no hospital?
Pois me chocou muito o recente caso dos pais que abandonaram seu bebê com Síndrome de Down num hospital do Rio de Janeiro. Ter um filho com a síndrome não é fácil: a sociedade vira as costas para essas crianças, que precisam lutar muito para descobrir meios para sobreviver num mundo que infelizmente não foi feito para elas. Mas suas deficiências terminam aí.
Não sei o que motivou esse casal a cometer tal ato abjeto, se foi o desespero, a inexperiência, um momento de insanidade. Mas nenhuma das alternativas o isenta do fator crueldade e do desprezo pelo que é humano. Eles se ativeram a um dado genético e mental de seu bebê, e não se deram conta de que colocar um filho no mundo, seja ele deficiente ou não, é um gesto de loteria. Pior do que ter uma criança com Síndrome de Down é criar um filho sem caráter.
Eu tive a sorte de conviver com uma irmã com Síndrome Down, a Emi, que acabou se tornando uma filha e infelizmente se foi no ano passado. Por ter sido abençoado com sua presença iluminada, sempre achei curioso dizer que alguém era especial, excepcional ou deficiente. No meu repertório, essas palavras nunca existiram, porque as diferenças entre os seres humanos sempre foram encaradas por mim e por minha família como uma coisa natural, como ter cabelo preto ou louro, encaracolado ou liso, ter a sobrancelha fina ou mais grossinha. Em casa, essas bobagens jamais tiveram importância, simplesmente não existiam, como não existem até hoje.
Em algum momento da vida, todos nós acabamos por enfrentar alguma deficiência, algum obstáculo. Seja para comprarmos o carro que desejamos, construirmos a casa com que sempre sonhamos, precisarmos de óculos para ler ou assistir a um filme, encontrarmos energia para brincar com os filhos depois de um dia de intensa labuta.
Só fui capaz de entender isso por causa da minha irmã, que realmente era especial, porque ninguém me amou de uma maneira tão profunda, pura e irrestrita, fazendo com que eu e a todos que a cercaram, em seus 53 anos de vida, nos sentíssemos verdadeiramente únicos. E ela também era excepcional, porque, no mundo de hoje, esse amor tão cristalino, tão generoso e sem limites infelizmente virou uma exceção. E excepcional vem dessa palavra: exceção.
Emi ganhou várias medalhas esportivas, foi pintora e grande pianista, fez aula de inglês e recebeu várias faixas de Miss colecionadas nas excursões que fazia pelo Brasil e pelo mundo. Tinha planos de se casar com o Rei Roberto Carlos, mas depois mudou para o Daniel. Gostava de sorvete de abacaxi, sundae de caramelo, banana split, mamão amassado de sobremesa. Era muito amiga dos amigos, dava tchau para todas os desconhecidos da rua como se fosse atriz de cinema, pedia por favor e dizia obrigada para tudo, adorava cachorrinhos (mas só os pequenos), e ouvia música o dia inteiro. Fossem Natal, aniversário ou Dias das Crianças, não queria carrinhos, bicicletas ou viagens: só gostava de ganhar canetinhas de tampa branca e cadernos para colorir. E usava meias pretas com tênis brancos. Um dia eu perguntei: “porque você só usa meia preta”? E ela: “porque é moda”.
Outro detalhe fundamental: ela tinha a idade que queria. Passou muito tempo com 28 anos, depois aceitou fazer 32 e, nos últimos anos, estava com algo entre 36 e 39 anos. Em sua última festinha de aniversário, já meio fraquinha, alguém comentou que ela estava completando 53. E, quase sem voz, ela corrigiu: 39. Essa também era a Emi, que tampouco nunca confiou em escadas rolantes.
A melhor definição que ouvi sobre Emi e todas as pessoas iguais a ela veio de minha mãe: são anjos de asas curtinhas, que precisam da nossa ajuda para voar. Mas acontece que todos nós nos vemos, mais dia menos dia, com as asas curtinhas, porque viver não é brincadeira. E são pessoas únicas como ela que fazem o movimento contrário, e nos ajudam a voar, num gesto de abundante generosidade.
Tenho muita pena desses pais que abandonaram seu bebê Down no hospital. Eles jamais conhecerão a dor de enfrentar o mundo para torná-lo um lugar mais digno para os nossos deficientes. E tampouco conhecerão a delícia de acordar melhor com as lições que eles nos ensinam todos os dias.
Eis a única coisa que uma mãe pode esperar de seu filho: que ele a surpreenda.
http://colunas.epoca.globo.com/brunoastuto/2011/10/23/o-que-uma-mae-pode-esperar-do-filho/

Mãe desiste de dar filho para adoção e tem a criança sequestrada no Rio

Mãe desiste de dar filho para adoção e
tem a criança sequestrada no Rio
Homem que roubou o bebê se arrepende e o devolve
Do Fala Brasil | 22/10/2011 às 12h37

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Um homem sequestrou um bebê de 37 dias da casa mãe, em Bangu, na zona oeste do Rio. Ele ia adotar a criança, mas quando ela nasceu Cristiana Santos desistiu de dar o filho.

Revoltado, o homem roubou a criança, mas acabou se arrependendo e devolvendo o bebê.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Bangu (34ª DP).

Quando recebeu o filho de volta, Cristiana, emocionada, acabou perdoando o sequestrador e o convidou para ser padrinho.

A reviravolta do caso emocionou até a delegada Marta Julião, que registrou o caso. Ela ficou encantada com o resultado.

- Essa criança recebeu um banho de amor dentro da minha delegacia.

Mesmo assim o homem, que não foi identificado, vai ser indiciado por subtração de incapaz.

Assista ao vídeo:http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/mae-desiste-de-adotar-filho-e-tem-a-crianca-sequestrada-no-rio-20111022.html

Divagações após o VIII Encontro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção do Rio de Janeiro

Divagações após o VIII Encontro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção do Rio de Janeiro

Ontem, 22 de outubro, ocorreu o segundo dia do VIII EEGAARJ. As apresentações foram primorosas.
Iniciamos o dia com a abordagem da “adoção” na escola, passamos as palestras do casal Schettini – Suzana e Luiz, como sempre, maravilhosos – e finalizamos com a apresentação dos grupos do Rio de Janeiro e do grupo virtual.
Hoje, ao acordar com a revista VEJA na porta de casa, deparo-me com o artigo de Lya Luft intitulado “Mudar é Possível”. Revista Veja, Ed. 2240, ano 44, n. 43, p. 24.
O artigo não é sobre adoção, quem dera fosse, mas nos traz algumas reflexões que, facilmente, poderíamos transpor para a causa por todos nós abraçada – caso contrário não estariam aqui lendo esse texto -, são elas:
Não é impossível mudar para melhor, desde que se comece repensando o próprio país e o papel de cada um dentro dele, não importam a idade, a profissão, a conta no banco.
Queremos algo melhor. Queremos ter orgulho real de nós mesmos e de nossa terra. Queremos honradez e transparência, não a palavra vazia que se torna banal demais, queremos cuidado com o povo, lealdade com bons princípios, nada de promessas vagas: cuidado, proteção, orientação, resolução das necessidades mais básicas, que não são apenas comida, mas higiene, estudo (mais que o resto), saúde, tudo o que estamos cansados de saber.
Não é difícil fazer uma ilação com o movimento da adoção em Terras Brasilis. Por movimento entendo não apenas nós, militantes da causa, mas, o CNJ, o Judiciário, o Executivo, o Legislativo, o Ministério Público, a Defensoria Pública e toda a sociedade civil.
Indago com base no que vi e ouvi:
Porque o Ministério da Educação não incluiu o instituto da adoção no currículo escolar? Afinal, é de criança que se fazem homens e mulheres formadores de opinião. Fica, de concreto, a proposta para que a ANGAAD, baseada na experiência dos Salesianos, promova uma audiência com o Ministério da Educação, com o intuito de inserir o instituto da adoção no currículo escolar. A oportunidade pode ser aproveitada para tratar do ensino do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente como matéria obrigatória dos cursos de Direito, Psicologia, Serviço Social e Pedagogia.
Com relação àquela mãe que não conseguiu atrelar seu nome, no cadastro nacional de adoção, à criança já disponibilizada à adoção e sem qualquer vinculação com qualquer habilitado, o que fazer? Exigir dos poderes constituídos que todas as varas da infância e da juventude, ou que acumulem tal competência, tenham computadores com acesso à internet. Exigir que as equipes técnicas (para as varas que as possuem) tenham acesso ao CNA. O importante é que a senha não seja tratada como bem indisponível do Juízo, cada operador do CNA deve, obrigatoriamente, ter login e senha até que o próprio habilitado possa, ele mesmo, através da abertura da “caixa preta”, fazer sua própria vinculação. Já escrevemos sobre isso anteriormente e não vamos nos alongar nessa discussão, eis, que meios e recursos existem.
Nesse ponto, fazemos um contraponto com Lya Luft: nosso dinheiro (impostos, contribuições, etc.) estão indo pelo ralo em esquemas e mais esquemas de corrupção. O povo, ordenadamente e sem violência, está se rebelando contra tudo isso. Temos o direito de exigir verbas para a adequação do CNA em termos tecnológicos.
“A corrupção drena anualmente dos cofres públicos a gigantesca quantia de 85 bilhões de reais... “ (Veja, edição já citada, p. 78). Com essa quantia, digo, com 1% dela, teríamos um sistema ágil e com possibilidade realizar os cruzamentos possíveis, dando ao habilitado o direito de agilizar o próprio procedimento. A vantagem será sempre das crianças e dos adolescentes que continuam, contrariando aos próprios princípios constitucionais, alijados da convivência familiar e comunitária.
Com 1% desse valor poderíamos, também, ter entidades de acolhimento institucional com o atendimento de até 10 crianças e/ou adolescentes, na forma propagada por Alice Bittencourt em sua fala na última sexta-feira.
Com 1% desse valor poderiam ser convocados concursos públicos, em todos os Tribunais de Justiça, para o preenchimento dos cargos de psicólogos e assistentes sociais judiciários, compondo, assim, as tão necessárias equipes técnicas das varas da Infância.
Poderia, facilmente, chegar aos 100%, obviamente sem entender absolutamente nada de orçamento e sem saber lidar com números, mas, sabendo lidar com “prioridades”.
Volto, agora, a fala da Juíza Mônica Labuto em função da não localização de habilitados interessados em 3 crianças recém nascidas, não irmãs e em adoções separadas, portadoras do vírus HIV+. Lembro do que escrevi em “a culpa não é do habilitado” e pergunto-me onde estão os habilitados preparados, conscientes e disponíveis para a realização de uma adoção necessária?
Um turbilhão de pensamentos surge, ao mesmo tempo, na minha cabeça. Vejo várias indagações e não consigo, efetivamente, verbalizá-las.
Volto a Alice Bittencourt e a reunião que será realizada para tratar dos parâmetros dos “cursos” de formação de habilitados. Surge a questão: a sociedade civil, por intermédio da ANGAAD, estará presente nessa reunião? Não tive, por motivos óbvios, tempo para conversar com nossa presidenta Barbara Toledo e saber se a associação estará presente, pois, é indispensável fazer ouvir a nossa voz que é tão bem representada por Barbara. Caso a ANGAAD não tenha sido convidada, o que não creio, fica a sugestão para esse convite indispensável.
E continuamos nas divagações e agora lembro Suzana Schettini e sua sugestão do “passaporte saúde” para crianças especiais. Em resumo: crianças com necessidades especiais que forem adotadas terão prioridade e garantia de atendimento médico. Mas... O direito a saúde não é garantido pela Constituição Federal de 1988 onde se encontra afiançado que todas as pessoas têm direito à saúde, preventiva, curativa e farmacêutica integral na forma dos artigos 5º, inciso XXXV e 196, alem de constar, ainda, em diversos dispositivos constitucionais que validam e concretizam tal direito? Sim, mas, Suzana, assim como nós, sabe que tal direito não é respeito. Assim, surge-lhe a idéia de uma parceria com os planos de saúde particulares que concederiam o “passaporte saúde” tendo, em contrapartida, uma determinada isenção tributária.
Se é factível e/ou aceitável (?) jogar 85 bilhões de reais pelo ralo, obviamente que podemos conceder algum tipo de isenção aos planos de saúde que abarquem tal idéia. Fica, assim, outra sugestão, então, para a nossa Frente Parlamentar Intersetorial pela Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar para atuação no âmbito federal, e para as Frentes Parlamentares Pró-Adoção Estaduais já constituídas ou em fase de constituição (RJ, SP, MG e AL), para que analisem e efetivem o assunto em âmbito estadual.
Passamos, nas divagações, à adoção consentida e aos dois Projetos de Lei lançados recentemente onde se busca a normatização do instituto. Ambos com falhas acreditamos que por serem idealizados por quem não opera na área da infância e da juventude, mas, com o mérito de “tirar do armário” a adoção consensual. A matéria foi brilhantemente exporta pela advogada Tânia da Silva Pereira e deverá ser objeto de maiores estudos por parte do legislativo.
É necessário pontuar que o que não é proibido é permitido e que no ECA não existe a proibição tácita da adoção consentida, desde que precedida de prévia habilitação ou, ainda, em casos outros de conformidade com o princípio do livre convencimento do Juízo.
A psicóloga da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Teresópolis Eliana Bayer tratou a questão da “Busca Ativa”, que foi, também, pontuada pelo Juiz Alexandre Teixeira da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Petrópolis/RJ.
O Promotor de Justiça Rodrigo Medina apresentou os dados do Módulo Criança e Adolescente – MCA do Ministério Público do Rio de Janeiro, onde se comprova a diminuição do número de crianças em acolhimento institucional no estado, mas que salta aos olhos a quantidade de crianças e adolescentes sem qualquer tipos de visitação.
O psicólogo da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de São Gonçalo, também representando o Conselho Regional de Psicologia, Lindomar Darós, abordou as adoções as adoções tardias e homoafetivas com brilhantismo.
Não tenho como citar nominalmente todos os componentes de todas as mesas, mas, apenas dizer que todos foram brilhantes e nos trouxeram várias reflexões.
Como última indagação, prometo, é o por quê de só conseguirmos reunir um número pequeno, por mais que significativo, de pessoas em nossas caminhadas pela adoção, se outras caminhadas organizadas por outros segmentos da sociedade civil, conseguem levar milhões, ou milhares, às ruas? Onde estão não só os militantes da causa – que conhecemos por nome, sobrenome, profissão, local de nascimento, dentre outros – mas os mais de 20 mil habilitados que continuam na fila da adoção? Onde estão os pais, mães, avós, tios, primos, padrinhos e demais familiares pelo vínculo do amor? Precisamos engrossar nossas fileiras afetivas, fazer ouvir a nossa voz, fazer ecoar os nossos passos, fazer com que a batida quente do nosso coração seja ouvida pelos quatro cantos de nosso país e, finalmente, chegue aos ouvidos dos que legislam, administram e julgam.
Como bem disse Luiz Schettini: temos trilhos e trilhas. Deixo para que o próprio escreva sobre essa questão instigante.
Então, rumo ao XIV EEGAARJ a ser promovido pelo Grupo de Apoio à Adoção Adoçando Vidas de Campo Grande/Santa Cruz.
Abraços indagadores a todos.
Silvana do Monte Moreira
Silvana.mm@globo.com
http://www.silvanammadv.blogspot.com/
PS: Suzana Schettini – como fiquei muito feliz (e orgulhosa) ao saber que você leu e aprovou o que escrevi antes, estou aventurando-me a escrever mais.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ÁUSTRIA: "CAIXA DE CORREIO" PARA ABANDONAR BEBÊS FAZ 10 ANOS

ÁUSTRIA: "CAIXA DE CORREIO" PARA ABANDONAR BEBÊS FAZ 10 ANOS
20 de outubro de 2011

As "babyklappe", "caixas de correio" para entregar bebês em condições seguras, completam 10 anos de existência na Áustria como um dos instrumentos, junto ao parto anônimo, para evitar o abandono descontrolado e inclusive o homicídio de recém-nascidos.
Estas caixas de correio permitem abandonar crianças, mas com mais garantias médicas para os bebês e jurídica para as mães. Em 2001, uma modificação legal descriminalizou o abandono de crianças nestes "ninhos" e permitiu que as mulheres dessem à luz sem revelar sua identidade e entregar seus filhos.
Desde então, 15 hospitais austríacos iniciaram estes "babynest", e na maioria das grandes clínicas é oferecida assessoria e atendimento médico para um parto anônimo.
No total, 29 crianças, delas 21 em Viena, foram deixadas nestes "ninhos de bebês" desde 2001. Quanto ao número de partos anônimos, as estatísticas nacionais registram 249 casos até 2008.
Para o doutor Andreas Lischka, autor do primeiro projeto de "babyklappe" austríaco e chefe de pediatria do Wilhelminenspital, o único hospital de Viena com este serviço, "a ideia é que a mãe, após o parto, em seu desespero total pelo motivo que for, possa contar com uma possibilidade legal para não abandonar a criança em uma lata de lixo a cinco graus abaixo de zero", resume o médico.
A "babyklappe" de Viena é um pequeno quarto que conta com um berço climatizado e vigiado por uma câmera. Ao abrir a janela do cômodo, soa um alarme na unidade de terapia intensiva da pediatria para avisar a equipe médica, que em poucos minutos retira acriança.
A pessoa que entrega o bebê, cujo rosto fica sempre oculto, encontra uma carta em oito idiomas que explica como entrar em contato com o hospital e um selo de tinta para tirar a impressão digital do recém-nascido, um "documento" útil caso a criança seja adotada. Uma vez fechada a janela, uma tranca eletrônica impede que possa ser aberta novamente até a equipe médica chegar.
Lischka considera este serviço como "o último passo de uma rede de proteção" cujos primeiros níveis seriam a educação sexual, para evitar uma gravidez não desejada, e o parto anônimo.
A medida também é apoiada por Christa Pletz, do centro sobre parto anônimo do Estado de Estíria, que considera que a "babyklappe" não faz sentido sem a segurança e confidencialidade que o parto anônimo oferece.
Os dois serviços surgiram juntos em um momento em que os homicídios de recém-nascidos aumentaram, relata Pletzt. Segundo o especialista, o número de homicídios de recém-nascidos caiu 50% entre 2002 e 2005 com o parto anônimo e o "babynest" já funcionando, de acordo com um relatório realizado pela psiquiatra Claudia Klier em 2009.
Pletz também destaca a necessidade de se entender que o parto anônimo pode ser uma demonstração do amor, quando uma mãe consciente de que não pode cuidar do bebê, decide entregá-lo à adoção.
A recuperação das crianças é possível, sempre que o processo de adoção não tiver sido concluído e que a proteção do menor, responsável pelas crianças após seu abandono ou entrega, confirme a identidade das mães e decida que elas estão capacitadas para cuidar das crianças.
Vários hospitais da Áustria não quiseram instalar o serviço alegando que a "babyklappe" não garante que o parto seja feito em condições de segurança e atendimento que a mãe e o bebê precisam.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5424040-EI8142,00-Austria+caixa+de+correio+para+abandonar+bebes+faz+anos.html

É possível adoção sem ação prévia de destituição do poder paterno

É possível adoção sem ação prévia de destituição do poder paterno

Em caso de abandono de menor pelo pai biológico, que se encontra em local incerto, é possível a adoção com o consentimento da mãe, sem a prévia ação de destituição do poder familiar do genitor. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No caso julgado, a justiça de Minas Gerais permitiu adoção do menor pelo padrasto, julgando procedentes os pedidos formulados em uma só ação para destituir o poder familiar do pai biológico do menor e declarar a adoção. A Defensoria Pública do estado recorreu ao STJ alegando que o prévio consentimento do pai biológico é requisito indispensável à adoção, sendo necessário processo autônomo para destituição do poder familiar do genitor do menor.

O ministro Luis Felipe Salomão, relator do recurso, destacou que a ação foi proposta em outubro de 2001, de forma que o processo deve ser decidido com o auxílio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Consta no processo que a mãe do menor casou-se com o adotante e concordou com a adoção. Além disso, o pai biológico nunca manteve contato com o filho e declarou que abria mão da guarda em favor do padrasto. A paternidade afetiva já dura mais de dez anos e foi demonstrado que o menor vive em lar harmonioso, com todas as condições imprescindíveis ao seu acolhimento em adoção.

No curso do processo, houve tentativa de citação do pai biológico, que não foi localizado. Por isso, houve citação por edital e nomeação de curador especial. Diante de todas essas circunstâncias, o relator afirmou que, de acordo com a jurisprudência do STJ, é desnecessária a prévia ação para destituição do poder paterno.

“A criança é o objeto de proteção legal primário em processo de adoção, sendo necessária a manutenção do núcleo familiar em que se encontra inserido o menor, também detentor de direitos, haja vista a convivência por período significativo”, afirmou Salomão, citando precedentes do STJ. Para ele, a adoção do menor, que desde tenra idade tem salutar relação de afeto com o adotante por mais de dez anos, privilegia o seu interesse. Por essas razões, o recurso da Defensoria Pública foi negado, em decisão unânime.

O número deste processo não é divulgado em razão de sigilo.

Fonte: STJ Notícias

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DOCUMENTÁRIO MOSTRA ENVOLVIMENTO DA IGREJA CATÓLICA COM TRÁFICO DE BEBÊS NA ESPANHA

DOCUMENTÁRIO MOSTRA ENVOLVIMENTO DA IGREJA CATÓLICA COM TRÁFICO DE BEBÊS NA ESPANHA


19.10.2011

Publicado por Tiago Chagas

Um documentário que será exibido pela rede britânica BBC mostrará o envolvimento da Igreja Católica em uma história de tráfico de bebês na Espanha, que começou durante a ditadura do General Franco nos anos 60 até o início dos anos 90. Segundo o documentário “This World: babies stolen from Spain (Este Mundo: bebês roubados da Espanha), as crianças eram traficadas por uma rede secreta que envolvia médicos, enfermeiros, padres e freiras.

Agora, um movimento que reúne centenas de famílias luta para que o governo faça uma investigação sobre o caso. Na época, mães jovens e muitas vezes solteiras eram informadas que seus bebês haviam morrido durante o parto, e eram impedidas de assistir ao enterro. Hoje, após levantamentos iniciais, sabe-se que os bebês eram vendidos a famílias que não podiam ter filhos, mas tinham condição financeira melhor, e aos olhos da Igreja Católica, seriam uma família melhor para essas crianças.

“Essa situação é incrivelmente triste para milhares de pessoas. Agora há homens e mulheres em toda a Espanha, cujas vidas foram viradas de cabeça para baixo, pois descobriram que os seus pais as compraram. Sem falar nas mães que estão descobrindo que seus filhos estão vivos e foram criados por outra pessoa durante todo esse tempo”, afirmou a repórter Katya Adler, que produziu o documentário.

A rede de tráfico funcionava com documentos oficiais que eram feitos para encobrir a origem dos bebês, e nesses documentos, constavam os nomes dos pais adotivos, como sendo pais biológicos.Há porém a possibilidade de pais que receberam crianças para adoção sem saber que elas haviam sido roubadas.

Alguns pesquisadores acreditam que o número de casos alcance um total de 15% das adoções que aconteceram entre 1960 e 1990. Durante o regime militar do General Franco, a Igreja Católica possuía grande influência nos serviços sociais, incluindo maternidades e orfanatos. Somente em 1987, anos após a queda da ditadura, o governo espanhol passou a ter registros sobre os processos de adoção no país.

Graças a um pai adotivo que antes de morrer, confessou a seu filho que o tinha comprado quando ele ainda era bebê de um Padre da região de Zaragoza, no norte da Espanha, o caso veio à tona. O pai de Juan Luis Moreno, contou também ao filho que tinha sido acompanhado por outro casal que também ia comprar um bebê do Padre. Essa segunda família criou o bebê que recebeu o nome de Antonio Barroso.

Na época, o pai de Juan afirmou que havia pago o valor de 200 mil pesetas, uma enorme quantia na época, suficiente para comprar um apartamento. Antonio Barroso conta que seus pais pagaram o valor em prestações: “meus pais pagaram em parcelas ao longo de 10 anos, porque não tinha dinheiro suficiente”.

A partir da confissão do Pai de Juan Luis, alguns testes de DNA foram feitos e comprovaram que os pais de criação de Antonio não eram os pais biológicos. Uma freira de Zaragoza admitiu que Antonio havia sido vendido e o caso tornou-se famoso em toda a Espanha, fazendo com que centenas de mães que acreditavam que seus filhos haviam morrido durante o parto, cobrassem uma investigação do governo espanhol.

O documentário mostra ainda uma mãe que investigou o paradeiro de seu filho. Manoli Pagador levantou documentos e descobriu que seu filho, hoje com 40 anos, havia sido criado no Estado do Texas, nos Estados Unidos, e chama-se Randy Ryder. Em outros casos mostrados pelo documentário, algumas sepulturas foram abertas e descobriu-se que os ossos no túmulo pertenciam a animais ou a adultos. A Igreja Católica escolheu não se pronunciar sobre o caso.

Fonte: Gospel+ - http://noticias.gospelmais.com.br/documentario-mostra-envolvimento-da-ig-catolica-com-trafico-de-bebes-26523.html

MARISKA HARGITAY ADOTA OUTRA CRIANÇA, DESTA VEZ UM MENINO

MARISKA HARGITAY, DE 'LAW AND ORDER SVU', ADOTA CRIANÇA
Quinta, 07/04/2011
A atriz Mariska Hargitay, do seriado "Law and Order SVU", tem uma grande notícia para dar. Ela e o marido, o também ator Peter Hermann, estão com um bebê em casa. A novidade foi publicada pela revista americana "People".
A criancinha se chama Amaya Josephine e nasceu no finalzinho de março, nos Estados Unidos. "Estou delirantemente feliz. Consideramos a adoção em outro país e aqui e estamos muito contentes porque nossas preces foram atendidas", disse Mariska à revista. "Conversamos sobre a adoção de uma criança de outra etnia e estamos muito felizes porque agora somos uma família multirracial", completou.
Mariska e Hermann já são pais do pequeno August, de quatro anos, filho natural dos dois.

MARISKA HARGITAY, ATRIZ DE 'LAW & ORDER', LEVA A PEQUENA AMAYA PARA O SET DE GRAVAÇÃO
Sexta, 05/08/2011
Mariska Hargitay com a pequena Amaya
Se na ficção ela interpreta uma policial durona, na vida real Mariska Hargitay é uma mãe muito doce. A atriz foi clicada com sua filha, a pequena Amaya Josephine, no intervalo de uma gravação. Além de manter a pequena aquecida com um cobertor, a mamãe não se importou de ter sujado o vestido com a baba da filha, que estava bem sonolenta.
MARISKA HARGITAY ADOTA OUTRA CRIANÇA, DESTA VEZ UM MENINO
Quarta, 19/10/2011
Mariska Hargitay e o marido, Peter Hermann, adotaram mais um filho. Desta vez, o escolhido foi um menino, Andrew. A atriz da série "Law And Order" já é mãe de Amaya, adotada há seis meses, e de August, filho biológico do casal, de cinco anos.
"Nunca em um milhão de anos pensei que iria acontecer isso rapidamente, mas algo dentro de nós sabia que estava certo, e nós dissemos: Sim, sim, sim", declarou ela sobre a adoção. "Sabíamos que esse era o nosso cara. Tudo sobre ele parecia certo. Divinamente certo"

Magno Malta propõe nova CPI favorável às crianças

Magno Malta propõe nova CPI favorável às crianças

Publicado às 21:23 | Postado por Josué de Oliveira

Após criar a CPI da Pedofilia, o senador Magno Malta (PR) agora quer lançar uma nova Comissão Permanente de Investigação para apurar casos de maus tratos contra crianças em todo país. Segundo o republicano, a CPI apuraria não só denuncias de abuso sexual, mas também agressões, adoções ilegais, além de violências praticadas em creches e abrigos contra crianças e adolescentes.

Venda de órgão

Durante reunião nesta quarta-feira Malta afirmou que adoções para famílias internacionais são facilitadas e que, em alguns casos, são adotadas não para ter direito a um novo lar, a uma família, mas para serem “desmontadas” no exterior; já saem daqui com o coração, as córneas e os pulmões vendidos.

Em tudo dai graça

O ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PTB) mesmo tendo sido derrotado nas urnas para a Câmara vai promover um culto de ação de graças na Igreja Presbiteriana da Gloria, de onde é membro. No convite, Max diz que o “Deus a quem servimos é digno de ser louvado quando Ele nos dá a vitória e quando não a dá”. Está certo…!

Tatuagens

Foi aprovado no plenário da Assembleia Legislativa projeto do deputado estadual Da Vitória (PDT) que aplica multa de até R$ 10 mil para profissionais que fizerem tatuagem em menores de 16 anos sem autorização dos pais.

CRIANÇAS SOFREM MAUS TRATOS ENQUANTO ESPERAM ADOÇÃO

Terça-feira, 18 de outubro de 2011
Por: André Bernardes
O Conselho Nacional de Justiça, CNJ, divulgou um relatório na última quinta feira, 13, mostrando que em todo o Brasil existem cinco vezes mais casais esperando a oportunidade para adotar do que uma criança na fila de espera. O senador Magno Malta está preparando a CPI dos Maus Tratos onde serão averiguadas denúncias de maus tratos em abrigos em todo país e casos de pedofilia, venda de crianças e até mortes.
O Cadastro Nacional aponta que existem 4,9 mil crianças e adolescentes registrados esperando a adoção, enquanto na fila de espera para adotar estão 26.936 casais. Os principais fatores apontados para a dificuldade na adoção foram, o perfil exigido pelos pretendentes que de acordo com o cadastro, 9.842 (36,54% do total) dos que pretendem adotar preferem crianças ou adolescentes brancos o que representa 33,82% do total ou 1.657 crianças contra 2.272 que são pardas. O relatório aponta que 59% dos interessados em adotar preferem crianças de menos de três anos e 22.341 querem adotar apenas uma criança dificultando a adoção de irmãos. Das crianças e adolescentes disponíveis para adoção, 3.780 têm irmãos.
Sandra Amaral, presidente do Grupo de Apoio à adoção de Volta para Casa, conta que o grupo está desenvolvendo trabalhos junto com políticos e juízes engajados na causa para facilitar o processo de adoção. Sandra contou que em todo o Brasil existe um desinteresse por parte dos responsáveis pelo caso. “Tem muita gente na fila, pois existe um descaso no Brasil tanto que o Cadastro Nacional não funciona, porque quem está por trás dele não é comprometido com a causa. Tanta família esperando, e tanta criança esperando uma família. Mas isso é a nível Brasil. Em novembro vamos fazer uma audiência comemorando a aprovação da nova lei de adoção, e corrigir alguns parágrafos dessa nova lei para que facilite esse encontro. Vamos convidar juízes e promotores comprometidos com a causa” contou.
Neste encontro que acontecerá no dia 25 de novembro, o senador Magno Malta irá contar para os participantes sobre como processou um juiz que estava dificultando a adoção de uma criança. O senador está recolhendo dados para instaurar a CPI dos Maus Tratos para descobrir o porque o processo de adoção está cada vez mais difícil, mesmo com a aprovação da nova lei de adoção. “Existe um dificuldade para que as pessoas não entrem nos abrigos e isso é crime. Tem lugares onde as autoridades não são comprometidas você não consegue entrar. Tem um abrigo em Curitiba que nós denunciamos onde crianças com HIV estão trancafiadas sem poder sair. Essa denúncia veio de um casal que queria adotar três irmãos, todos com problema, então eles foram a luta. O depoimento das crianças contando como elas são tratadas lá dentro. São histórias pesadas. Ele tem vídeos de crianças sendo vendidas para o exterior e para seitas” explicou Sandra.
A presidente do grupo de apoio diz que alguns itens da nova lei da adoção precisam ser corrigidos e com a CPI instaurada, este quadro no processo de adoção poderá mudar para melhor. “Não vai adiantar só a lei, porque mesmo corrigida eles vão arrumar desculpas que a lei tem falhas. Essa audiência é para corrigir todos os detalhes. O Brasil deste tamanho você não imagina como funciona, rede de tráficos, venda de órgãos. Você não imagina o que essa CPI vai enfrentar. Fomos a uma tribo de índios onde as mães fugiram da aldeia para os filhos não serem mortos. Peguei criança no colo que foi enterrada e conseguimos salvar. Foi muito forte” lembrou Sandra.
Fonte: http://www.g37.com.br/index.asp?c=padrao&modulo=conteudo&url=5677http://www.g37.com.br/index.asp?c=padrao&modulo=conteudo&url=5677

domingo, 16 de outubro de 2011

Adoção na Escola

Obra maravilhosa e de muita sensibilidade de autoria do GEAAF - Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Florianópolis.
Silvana do Monte Moreira
Advogada - Infância, Juventude e Família
Coordenadora dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga I e II
Diretora Jurídica da ANGAAD – Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção
Silvana.mm@globo.com
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Pai Adotivo

A adoção de uma criança pelo ponto de vista de um pai, de Anderson Hernandes.


Silvana do Monte Moreira
Advogada - Infância, Juventude e Família
Coordenadora dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga I e II
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O Direito da Criança em Quadrinhos

Silvana do Monte Moreira
Advogada - Infância, Juventude e Família
Coordenadora dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga I e II
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Adoção Clínica e Psicanalitica

Boa leitura.

Silvana do Monte Moreira
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Atividades Pedagógicas

Atividades bastante interessantes.

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Reconhecimento Constitucional da Adoção Homoafetiva

Leitura importante para o reconhecimento de direitos.
Silvana do Monte Moreira
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Direitos de Crianças e de Adolescentes

Adoção em quadrinhos

Ótimo instrumento para conversarmos sobre adoção.

Silvana do Monte Moreira
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Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado

Baixe e tenha uma boa leitura.

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Novas Regras sobre Adoção Cementado

Baixem o conteúdo e façam uma boa leitura.

Silvana do Monte Moreira
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Livros sobre Adoção

Laços de Ternura
Autora: Lídia Weber
Editora: Juruá / PR

Os caminhos do coração
Autora: Maria Tereza Maldonado
Editora: Saraiva

Por causa de um colchão
Autora: Mafalda Pereira Boing
Editora: Do autor / SC

Compreendendo o Filho Adotivo
http://www.luizschettini.psc.br
Autor: Luiz Schettini Filho
Editora: Bagaço / Recife

Compreendendo os pais Adotivos
Autor: Luiz Schettini Filho
Editora: Bagaço / Recife


Amor perdido de Amor
Autor: Luiz Schettini Filho
Editora: Bagaço / Recife


Adoção: origem, segredo e revelação
Autor: Luiz Schettini Filho
Editora: Bagaço / Recife


Encontrando a peça perdida
Autor: Lee Ezell
Editora: Vida

O Livro Mágico da Bruxinha Nicolau
Autora: Rita Espechit
Editora: Atual / SP / 1998

101 dúvidas sobre adoção de crianças
Autora: Organização Cecif / SP


Filho do Coração - Verdades e Mentiras Sobre Doação
Autora: Regina Vaz
Editora: Novo Século / SP

Adoção Tardia: da família sonha à família possível
Autora: Marlizete Maldonado Vargas

Amor e Carma (Livro Espírita)
Autora: Marcia Pereira Lopes
Editora: Petit

Diário ao contrário
Autora: Sônia Barros
Editora: Atual / 1997


A historinha bonitinha de Maria Estrelinha
Autora: Márcia Lopes de Carvalho
Editora: Edicon / 1997

Adotar uma estrela
Autor: Massimo Motacchi
Editora: Paulus / 1995

Em Busca de Mim
Autora: Isabel Vieira
Editora: F.T.D / SP / 1990

A estrelinha distraída
Autora: Halia e Renata Pauliv de Souza
Editora: Juruá

Filho adotivo
Autora: Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho /Antônio Carlos
Editora: Petit / SP / 1993

Adoção – Uma História de espera e Amor
Autora: Vera Regina Miranda
Editora: Juruá

Acolhendo crianças e adolescentes
Autora: Irene Rizzini e outros
Editora: São Paulo: Cortez; Brasília: UNICEF: CIESPI; Rio de Janeiro: PUC-RIO, 2006.

Histórias da vida inteira
Autora: Maria Tereza Maldonado
Editora: Saraiva

A boneca de pano
Autor: Rubem Alves
Editora: Loyola / SP / 1998

A galinha que criava um ratinho
Autora: Ana Maria Machado
Editora: Ática / SP / 1999

Conta de novo a história da noite em que eu nasci
Autora: Jamie Lee Curtis
Editora: Salamandra / RJ / 1998

Faltava você
Autora: Julieta Breternitz
Editora: Mundo Cristão / SP / 1997

Fofinho
Autora: Teresa Noronha
Editora: Ática / SP / 1999

História de Paquito - Tornar-se mãe
Autora: Mariatereza Zattoni Gillini
Editora: Paulinas / SP / 1997

Irmão negro
Autor: Walcyr Carraso
Editora: Moderna / SP / 1995

Neco Sol
Autor: Leonie Gonçalves da Fonseca
Editora: Vozes / Petrópolis / 1985

O milagre do amor
Autora: Maria Alice Penna de Azevedo
Editora: Paulinas / SP / 1989

O pintinho adotivo
Autora: Márcia Glória Rodrigues Domingues
Editora: Ed. Do Brasil / SP / 1993

Quem fica com Felipe?
Autora: Ilsa Lima Monteiro
Editora: F.T.D. / SP / 1998

Todo mundo tem família
Autora: Anna Cláudia Ramos e Ana Raquel
Editora: Fromato / Belo Horizonte / 2000

O filho por adoção
Autora: Lídia Weber
Editora: Juruá

O quartinho solitário
Autora: Eliana Gavioli
Editora: Vida

Caminhos da adoção
Autora: Cláudia Fonseca
Editora: Cortez / 1995

Adoção Internacional
Autora: Wilson Donizeti Liberati
Editora: Malheiros

Adoção é doação
Autora: Hália Pauliv de Souza
Editora: Juruá / 2008

A fugitiva - O diário de uma menina de rua
Autora: Evelin Lau
Editora: Scipione

Pais e Filhos, um diálogo com o psicólogo
Autor: Giácomo Mezzena
Editora: Paulinas

Doce adoção, A essência
Autor: Luiz Schettini Filho
Editora: Bagaço / Recife / PE
E-Mail do Autor: schettin@elogica.com.br

A criança adotiva e suas famílias
Autora: Nazir Hamad
Editora: Companhia de Freud / 2002

Mitos e segredos sobre a origem da criança na família adotiva
Autora: Cynthia Ladvocat
Editora: Terra dos homens / RJ / 2002

Pais e Filhos por Adoção no Brasil
Autora: Lídia Weber
Editora: Juruá / 2004

Aspectos psicológicos da adoção
Autora: Lídia Weber
Editora: Juruá

Quando surge a criança
Autor: Françoise Dolto
Editora: Papirus

Destinos de crianças: adoção,família, trabalho social
Autor: Françoise Dolto
Editora: Papirus

Vínculos
Autora: Lúcia Pimentel Góes - Alberto Lima
Editora: Atual Editora

Reencontro com a esperança
Autor: Andrei Decebal C.
Editora: Decebal Corneliu

Adoção - Exercício da Fertilidade Afetiva
Autora: Hália Pauliv de Souza
Editora: Paulinas

Vinte Coisas que Filhos Adotados Gostariam que seus Pais Adotivos Soubessem
Autora: Sherrie Eldrige
Editora: Globo

Eu não te amarei como aos outros
O dia-a-dia da adoção
Autor: Françoise Champenois-Laroche
Editora: Sulina

Então, você chegou e a família ficou completa
Autora: Anette Hildebrandt
Editora: CIA DAS LETRAS / 2006

Abandono e Adoção I,II e III
Autor: Fernando Freire (Organizador)
Editora: Terre dês Hommes / Curitiba / 2001

O Espírito da dádiva
Autora: Jaques T. Godbout
Editora: FGV

Estigma
Autor: Erving Goffman
Editora: LTC

Manicômios, Prisões e Convento
Autor: Erving Goffman
Editora: Perspectiva

O menino que não nasceu da barriga da mãe
Autora: Carmen Lucia Eiterer
Editora: Mazza Edições

Mães Abandonadas: a entrega de um filho em adoção
Autora: Maria Antonieta Pisano Motta
Editora: Cortez / SP / 2001

Retrato em Branco e Preto
Autor: Ângelo Pereira
Editora:Edição GLS / Summus Editorial / 2002

Rompimento dos Vínculos do Pátrio Poder
Autora: Eunice T. Fávero
Editora: Veras / SP / 2001

Amor não tem cor
Autora: Giselda Laporta Nicolelis
Editora: FTD / São Paulo / 2002

Crianças Lesadas
Autora: Daniela Sallet & Chistina Krueger Marx
Editora: AGE Editora / Porto Alegre / 2001

Mamãe: Por que não nasci de sua barriga?
Autora: Maria Salete Rodrigues Domingues
Editora: IOESC-Fundação Vida / Florianópolis / 1993

Adoção tardia, muitos medos e expectativas
Autora: Márcio Lazaro Camargo

Era uma vez laurinha
Autora: Ivone Maria de Lima Jaime
Editora: Ourinhos

Adoção: a história da minha vida
Autora: Índia Iara da Paula
Editora: Univali / Itajaí / 2001

Colocação Familiar
Editora: Bokk Link - Terra dos Homens

Do Abrigo à Família
ditora: Bokk Link - Terra dos Homens

Casos & A... Casos da Adoção
Autora: Maria José Barbosa De Goddi
Editora: 2002

No Bico da Cegonha. Histórias de Adoção e da Adoção Internacional no Brasil
Autor: Domingos Abreu
Editora: Relume Dumará / 2002

Adoção
Autora: Marisa de Almeida Martins
Editora: Água da Ilha

Meu filho Alex
Autora: Ivone Louzada

Para fazer uma adoção: vai precisar de muito açúcar
Autora: Márcia Lopes
Editora: Edicon

Meu nome é esperança
Autor: José Ganymédes
Editora: Ediouro / RJ / 1974

Esta criança é minha
Autor: Henry
Editora: Mandarin / SP / 1997

História de um segredo
Autora: Mariatereza Zattoni Gillini
Editora: Paulinas / SP / 1999

A historinha de Ernesto – O filho adotivo
Autora: Mercê Company
Editora: Paulinas / 1994

Adoção e Mídia: Encurtando Distâncias
Autora: Cecif (Organizador)

Gatinho kit
Autora: Halia e Renata Pauliv de Souza
Editora: Artes e Textos

Adoção é legal
Autora: Inst. Amigos de Lucas – Cartilha Informativa

ADOÇÃO UMA SUBLIME MISSÃO
Autora: Elizabeth Schultz Ramires
Editora: João Scortecci Editora

Uma dose de Amor
Autora: Marly Aparecida Garcia Souto
Editora: Edicon

ADOÇÃO UMA HISTÓRIA PESSOAL
Autora: Sueli Trindade Ferreira
Editora: Vozes

Rompimento do vinculo do pátrio Poder
Autora: Eunice T. Fânero

Refletindo a Adoção
Autora: Célia Zitto Cezar
Editora: Moderna

Corpos que gritam
Autora: Caroline EliaCheff
Editora: Ática

Nossos filhos e seus problemas
Autora: Heloisa de R. P. Miranda
Editora: Interlivros / BH

Segredos que ferem
Autora: Penny Jordan
Editora: Best Seller

Filhos da solidão: institucionalização, abandono e adoção
Autora: Lídia Weber

Abandono de bebê na Zona Sul foi atípico

Abandono de bebê na Zona Sul foi atípico
Natasha Mazzacaro (natasha.mazzacaro@oglobo.com.br)
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RIO — Ospais que abandonaram um bebê com Síndrome de Down na Casa de Saúde São José, no Humaitá, podem, se condenados, ter a pena agravada. A lei prevê de seis meses a três anos de prisão. No entanto, como se trata de crime cometido pelos responsáveis diretos pela criança, a Justiça pode acrescer um terço ao período. Segundo Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio e ex-presidente do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, embora não seja um ato isolado, o crime foi atípico por ter ocorrido num hospital particular, que atende a pessoas de alto poder aquisitivo.
— Apesar de ser muito novo, o bebê já é capaz de sentir a ausência da mãe. Mesmo sendo portador da Síndrome de Down, ele tem grandes chances de ganhar uma família. Vários candidatos estão dispostos a acolher um bebê com necessidades especiais — explica Darlan.
Acredita-se que os responsáveis serão identificados rapidamente. Já o prazo para a adoção do bebê deve ser decidido pela 1 Vara da Infância. Em situações como essa, parentes diretos, como avós e tios, têm preferência.
— É um drama humano que não se resolve com privação de liberdade. Temos que ver o que há por trás disso, de uma mãe que não se sente forte para proteger o próprio filho. Traumas psicológicos costumam ser atenuantes — ele diz.
Na manhã de sábdo, mais um bebê foi abandonado, desta vez em Campo Grande. O recém-nascido ainda estava preso ao cordão umbilical e à placenta quando foi encontrado num saco plástico num matagal. O menino foi encaminhado ao Hospital Rocha Faria e passa bem.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/abandono-de-bebe-na-zona-sul-foi-atipico-2781930.html#ixzz1ayGyPFqU

sábado, 15 de outubro de 2011

Adoção Renúncia ao Preconceito Parte 2

Enviado por cristianorec em 19/06/2008
continuação...
Categoria:
Notícias e política
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adoção preconceito documentário crianças abandonadas orfanato
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Adoção Renúncia ao Preconceito Parte 3

Enviado por cristianorec em 19/06/2008
continuação...
Categoria:
Notícias e política
Palavras-chave:
adoção renúncia preconceito orfanato crianças abandonadas órfãos abigail
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ADOÇÃO - RENÚNCIA AO PRECONCEITO: PARTE 1

Enviado por cristianorec em 19/06/2008
Vídeo documentário sobre o preconceito e a rejeição na hora de adotar uma criança fora dos padrões. Você vai conhecer um casal que adotou mais de 50 crianças.
Categoria:
Notícias e política
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adoção preconceito adotivos órfão orfanato crianças abandono rejeição abigail
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Adoção Juca Chaves

Enviado por jornaldagazeta em 17/08/2009
Repórter: Fernanda Azevedo

Na última parte da série de reportagens especiais "Pais: procuram-se", vamos conhecer pais adotivos que não se importaram com a cor das crianças à disposição para a adoção. E mais: gente que chamou pra si o desafio de adotar crianças doentes.
Categoria:
Notícias e política
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Fernanda Azevedo adoção
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Adote Consciente

Adotar não é ó decidir, tem uma longa jornada...
Categoria:
Educação
Palavras-chave:
Adocao Sergipe
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Programa Cenas do Brasil

CENAS DO BRASIL - 06.10.11: No Cenas do Brasil desta quinta-feira, 6 de outubro, foiram discutidos o panorama da adoção e a realidade dos abrigos no país e das políticas e dos desafios para agilizar esse processo. Também foi abordado o apadrinhamento afetivo, após a exibição do vídeo " Adoção: família para todos", com direção de Alexandre Kieling, realizado pelo projeto Aconchego - Grupo de Apoio à Adoção e ao Apadrinhamento Afetivo. Participaram do programa, Alice Bittencourt, coordenadora da Política Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e Soraya Rodrigues Pereira, presidente da ONG Aconhego.
Categoria:
Notícias e política

Belo Vídeo Clip

Vale a pena assistir.

Programa OAB na TV DIÁRIO de Teresopólis

O Programa da OAB, com nossa participação e da Psicologa da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Teresópolis, Dra. Eliana Bayer, apresentado pela Advogada Marisa Gaudio, irá ao ar na TV DIÁRIO de TERESÓPOLIS nos seguintes dias:

Segunda feira as 17hrs.
Terça 7h.
Quarta 15h.
Quinta 20h30m.
Sexta 14h.
Sábado 14h.
Domingo 10h.

Pais abandonam criança com Síndrome de Down em hospital no Humaitá Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/10/14/pais-abandonam-crianca-com-sindrome-de-down-em-hospital-no-humaita-925586800.asp#ixzz1asUBFRtn © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

RIO - Ele nasceu há pouco mais de uma semana, na Clínica São José, no Humaitá, e passou o Dia das Crianças sozinho, numa UTI neonatal. Portador da Síndrome de Down, o bebê tem complicações cardíacas e luta para sobreviver. Seu drama, que vem comovendo médicos e enfermeiros do hospital, tem ainda um ingrediente familiar.
Semelhante à história contada por Manoel Carlos na novela "Páginas da vida", o bebê foi deixado pelos pais logo após o nascimento. Na clínica, o caso tem sido tratado com discrição, já que corre em segredo de Justiça, na 1ª Vara da Infância.
A meu ver, já houve um crime. Está consumado. A Justiça não costuma considerar um possível arrependimento dos pais
O futuro dele está agora nas mãos da equipe médica que o acompanha e da juíza Ivone Caetano, titular da 1ª Vara. Em situações como essa, a Justiça pode encaminhar a criança para adoção, e os pais poderão responder por abandono de incapaz, crime cuja pena pode ser de até seis anos de prisão. Para o advogado Antônio Sérgio Pereira Gonçalves, especialista em direto de família, é pouco provável que os pais consigam ter de volta o bebê, caso se arrependam:
- A meu ver, já houve um crime. Está consumado. A Justiça não costuma considerar um possível arrependimento dos pais.
Em "Páginas da vida", a personagem vivida pela atriz Lilia Cabral abandona a neta no hospital ao saber que ela tem Down. A menina é adotada pela pediatra Helena (Regina Duarte).


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/10/14/pais-abandonam-crianca-com-sindrome-de-down-em-hospital-no-humaita-925586800.asp#ixzz1asUGXLdl
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Adoção Irresponsável

A saga das crianças que foram devolvidas em processo de adoção.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A excessiva demora nos processos de Adoção

Não imaginei ao escrever “A culpa não é do habilitado” abrir uma verdadeira “caixa de Pandora”. Escrevi como uma forma de desabafo, desabafo esse que foi compartilhado e complementado por várias pessoas.
Um dos problemas levantados foi justamente o já criticado Parágrafo único do Artigo 158 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, que diz que deverão ser esgotados todos os meios para a citação pessoal dos genitores em caso de destituição do poder familiar.
Paira, então, uma pergunta: o que significa esgotar? Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa a palavra tem os seguintes significados:
esgotar - Conjugar
(es- gota + -ar)
v. tr., intr. e pron.
1. Vazar(-se) até à última gota; tornar(-se) seco (ex.: os poços esgotaram(-se); esgotar a água da fonte). = EXAURIR, SECAR
2. Consumir(-se) até ao fim; dar cabo de (ex.: esgotaram as reservas de ouro; o petróleo esgotar-se-á um dia; as suas poupanças esgotaram). = ACABAR, GASTAR, EXAURIR ≠ POUPAR
3. Fazer perder ou perder a força, a vitalidade; ficar exausto (ex.:o turno da noite esgota (qualquer um); as suas forças esgotaram-se). = DEPAUPERAR, EXAURIR, EXTENUAR
4. Fazer vender ou ser vendido até ao último item; distribuir ou ser distribuído até não haver mais (ex.: os impressos esgotaram(-se); o grupo esgotou o auditório).
v. tr. e pron.
5. Dizer a última palavra sobre (ex.: esgotar um tema de conversa; a análise da situação não se esgota num artigo).
v. tr.
6. [Figurado] Beber todo o líquido de (ex.: em pouco tempo esgotaram um garrafão de tinto. = ENXUGAR
7. [Pouco usado] Colocar esgotos.

Para a presente análise utilizaremos esgotar como exaurir, contudo, ainda resta a dúvida: para todos os Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos esgotar tem o mesmo significado? Acreditamos que não.
Já verificamos, por exemplos enviados, que alguns juízes, promotores de justiça e defensores públicos, eis que funcionam nos procedimentos de destituição do poder familiar formando o triangulo basilar da justiça, tentam esgotar as possibilidades até a exaustão: (1) tentam realizar a citação no primeiro endereço informado; não tendo êxito, o que é comum, (2) oficiam a Receita Federal e o Tribunal Regional Eleitoral, ao receberem os endereços fornecidos, quando o são, tentam a citação em tais endereços (3) que, em grande parte, são diferentes; não logrando êxito, oficiam (4) concessionárias de energia elétrica, de gás, de água e as empresas telefônicas. O tempo levado para tudo isso? Longo demais, principalmente para as crianças.
Por vezes ainda, não estamos exagerando, buscam homônimos, realizam citação por precatória para estados diferentes. A compreensão de esgotar torna-se extenuante.
Finalmente, depois de dois, três anos, realiza-se a citação por edital e nomeia-se Curador Especial ao ausente que, pasmem, ainda apresenta contestação por negativa geral. Fico imaginando se o advogado perde o prazo, ou o Defensor Público, essa criança seria devolvida para quem?
Se esses pais, de fato, tivessem qualquer interesse por seus filhos não desapareceriam, jamais configurariam o abandono material e afetivo.
A criança já está abandonada há 3, 4 anos, na convivência de sua única família, a substituta, e a busca dos laços biológicos têm quer ser exaurida.
Obviamente jamais seremos contrários a ampla defesa e ao contraditório, apenas pontuamos que essa necessidade de esgotar os meios de citação pessoal termina por exaurir os adotantes e as próprias crianças e, principalmente não atende aos princípios constitucionais da Duração Razoável do Processo e da Celeridade da Prestação Jurisdicional, do Melhor Interesse da Criança e da Dignidade da Pessoa Humana.
Crianças se encontram numa fase muito especial e de curta duração. A infância passa num estalar de dedos e, por tal motivo, ela não pode se dar ao luxo esperar, pois o decurso inexorável do tempo corre contra ela, violando totalmente inúmeros preceitos constitucionais.
A criança, enquanto não deferida sua adoção, tem subtraído o direito a ter o seu nome de família. Quantos pais e quantas crianças já não passaram pelo constrangimento de ser chamada, por exemplo, de Maria Santos, quando na realidade seu nome social, o único com o qual se identifica como pessoa, seria de Ana Ferreira? Quantas crianças perguntam quem é Maria, mamãe? Ou, porque eles estão chamando Maria se meu nome é Ana? Ou, o que já presenciamos: Maria, mamãe, é aquele outro nome, eu não sou Maria eu não quero ser Maria.
Esse constrangimento dura anos, na maioria das vezes um tempo excessivo.
A situação agrava-se, ainda mais, quando a criança passa a frequentar o colégio. Muitas vezes a criança é alvo de chacota na hora da chamada e, mais uma vez, passa por sérios constrangimentos. Não se trata de negar a adoção, não é isso, pois, defendemos sempre que a adoção não é um segredo e que deve ser contado a criança desde sempre, não se tratando de uma revelação, pois, só se revela segredos ou assuntos escondidos. A criança tem o direito ao nome de família e tal direito está sendo negado.
O Artigo 199-C do Eca determina que os recursos nos procedimentos de adoção e de destituição do poder familiar serão processados com prioridade absoluta. Perguntamos: porque não tratar com a mesma prioridade a citação dos genitores decifrando o enigma insculpido na palavra “esgotar”?
O Artigo 161 do ECA determina que é obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem identificados e estiverem em local conhecido. Se já foram buscados através da Receita Federal e do Tribunal Eleitoral, ou seja, se a pessoa a ser citada não tem CPF e não cumpre com suas obrigações eleitorais, terá ela contas em seu nome? Tal possibilidade inexiste. Tais pessoas estão, obviamente, em local desconhecido e não sabido e as possibilidade de citação pessoal já foram mais que esgotadas, exauridas ou qualquer outro sinônimo existente.
Os processos que tratam de crianças e adolescentes devem ser céleres e atentar para o decurso de tempo em que se desenvolverá a infância e a adolescência, pois, é fugaz e o decurso inexorável do tempo trabalha contra a criança e o adolescente tirando-lhes direitos preponderantes e imensuráveis, tal qual o nome de família.
Essa excessiva morosidade e esgotamento trazem um decurso de tempo que coloca a criança em risco de ter subtraídas etapas de sua vida, sendo cada etapa, à sua maneira, um período pleno, a ser respeitada pelo mundo adulto, principalmente pelo judiciário. Mais uma vez trata-se de respeito ao principio constitucional da prioridade absoluta, do respeito ao melhor interesse da criança a prevalecer sobre qualquer outro interesse.

Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos devem ter em mente tais princípios e devem unir-se para respeitá-los em sua integralidade, devem ter a consciência que o sujeito e o destinatário final de suas respectivas atuações são a criança e o adolescente.
Por isso defendemos, sempre, que as pessoas a trabalharem na área da infância e a juventude devem ser vocacionadas, pois, apenas por vocação se atuará despido de excessivos legalismos e interpretações exacerbadas da lei que, no fundo, privam crianças e adolescentes do direito fundamental à convivência familiar e a própria personalidade que lhe confere o nome de família.
A concepção de pertencimento a uma família se dá notadamente pelo sobrenome comum. Essa espera exaustiva, além de angustiante, é o exemplo mais claro da desimportância com que são tratados nossas crianças e adolescentes que voltam ao antigo estágio de objeto e não de sujeito de direito.
Silvana do Monte Moreira
Coordenadora dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga I e II
Diretora Jurídica da ANGAAD – Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção
Silvana.mm@globo.com
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

FAMÍLIA NÃO É TUDO IGUAL

FAMÍLIA NÃO É TUDO IGUAL
*Anna Paula Uziel
No Brasil, em 2010, uma em cada quatro crianças tinha apenas o nome da mãe na certidão de nascimento, segundo reportagem de O Globo do Dia dos Pais, que noticiou também que, no Rio de Janeiro, 83.307 crianças encontram-se nesta mesma situação. As histórias relatadas demonstram o quanto a participação de pessoas envolvidas afetivamente com as crianças faz diferença na vida delas e aponta para os impactos legais e simbólicos da inclusão do nome do pai biológico ou do padrasto no documento de identidade dos filhos. Em alguns casos, mesmo com os genitores mortos, tem sido possível garantir bens e benefícios para as crianças e adolescentes que têm a paternidade reconhecida. Um projeto em Volta Redonda e outras iniciativas no país promovem, com apoio do Ministério Público, a inscrição do nome do pai no documento dos filhos.
É um direito da criança saber o nome do pai. Entretanto, garantir o direito da criança a sua filiação, fundamental para todos, não pode significar imprimir um único modelo de família.
A Constituição Federal de 1988 passou a não considerar mais o casamento entre um homem e uma mulher como condição necessária para a constituição da família. Acabou também com os diferentes estatutos que tinham os filhos, classificados como biológicos, adulterinos, ilegítimos, adotivos, entre outros. Desde 1990, com o Estatuto da Ciança e do Adolescente (ECA), o estado civil não é mais impedimento ou restrição à adoção. Assim, é possível um homem ou uma mulher decidir ser pai ou mãe solteiro/a.
Além disso, em muitas comarcas brasileiras tem sido possível a adoção de crianças por casais de mesmo sexo. Com a decisão recente do STF pelo reconhecimento da união estável homossexual isso tende a aumentar. Nesses casos, nas certidões de nascimento constam os nomes de duas mulheres ou de dois homens.
Com o avanço tecnológico dos últimos 20 anos, é cada vez mais possível prescindir de corpos e pessoas para a geração de crianças. Ainda que não representem estatisticamente um número expressivo, casais heterossexuais, casais de mulheres e mulheres solteiras conseguem realizar o sonho da maternidade e da paternidade através das técnicas de reprodução assistida. Acrescentam-se ainda decisões recentes de adoção unilateral: a companheira da mulher que faz a inseminação consegue adotar a criança gerada.
Por sua vez, a lei 11.294 de 2009 permite a adoção do nome do padrasto pelo enteado que reconhece nessa figura uma relação de filiação. Reconhecimento da parentalidade sócio-afetiva.
Todos esses exemplos apontam para a pluralidade das famílias. Toda vez em que um pai existir, ele deve ser procurado. Quando um pai novo aparecer, deve ser considerado. E quando for o caso de uma inseminação com material de doador anônimo ou de uma adoção feita por uma mulher ou por um casal de mulheres, elas não podem passar pelo constrangimento de serem interpeladas pela suposta falta do pai. O direito das crianças a um pai não pode se transformar em uma exigência de um determinado modelo de família único ou obrigatório.
Anna Paula Uziel - Professora do Instituto de Psicologia da UERJ e Pesquisadora do CLAM/IMS/UERJ
Fonte: http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=8751&sid=4

VIII Encontro Estadual dos Grupos de Apoio à Adoção do Rio de Janeiro

Rio-Niterói
Apoio:
angaaad associação nacional dos
grupos de apoio à adoção
Frente Parlamentar Pró-Adoção ALERJ
VAGAS LIMITADAS
PROGRAMAÇÃO
INSCREVA-SE JÁ: www.quintaldeana.org.br ou www.angaad.org.br Rio-Niterói
SEXTA FEIRA - 21 de outubro
Auditório do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
(Avenida Marechal Câmara, 370, 9° andar – Centro – Rio de Janeiro)
08:00 Credenciamento
09:00 Mesa de Abertura
Adoção: Um passo além do coração
10:00 O Papel das Instituições na Efetivação da
Nova Lei da Adoção (Lei 12.010/2009)
- Cadastro Nacional da Adoção
- Balanço das audiências concentradas após a
Nova Lei da Adoção – CEJIJ
- Módulo Criança Adolescente frente à nova Lei
da Adoção - Repres. Ministério Público
- Conquistas dos Grupos de Apoio à Adoção a
partir da nova Lei da Adoção - Pres. ANGAAD
- Depoimento
12:00 Almoço
13:30 O Paradoxo da Necessidade do Acolhimento
Institucional e a promoção da Convivência
Familiar e Comunitária
- A atuação do Conselheiro Tutelar na aplicação
da Medida Protetiva de acolhimento institucional
de crianças e adolescentes - Repres. ACTERJ
- O papel das instituições de acolhimento institucional
na promoção do direito a convivência
familiar e comunitária - Repres. FIA
- Apadrinhamento Afetivo - Repres. VIJ Madureira
- Programa Família Acolhedora - Repres. Secretaria de
Assistência do Social Município do Rio de Janeiro
- Depoimento
15:00 Adoção: Efetiva garantia do direito à
convivência familiar
- Entrega legal de crianças para adoção
- Preparação dos Pretendentes a Adoção
Repres. Quintal da Casa de Ana
- Adoções necessárias com foco na adoção tardia
e na adoção homoafetiva
Repres. CRP (Conselho Regional de Psicologia)
- Busca Ativa - Repres. GAA Dedo de Deus
- Depoimento
17:00 Encerramento
SÁBADO - 22 de outubro
Auditório do Colégio Salesiano Região Oceânica
(Rua Doutor Cornélio de Mello Júnior, 117 - Piratininga – Niterói)
08:00 Credenciamento
09:00 Diálogo entre os Grupos e Apoio à Adoção e a
Sociedade e as Escolas
- A DOce aÇÃO da arte na escola
GAA ADOTE Rio das Ostras
- Adoção no Currículo Escolar
Colégio Salesiano Região Oceânica
- Projeto Escola de Famílias
Fundação Municipal de Educação de Niterói.
- Projeto Escola de Famílias - GAA Quintal de Ana
- Depoimento
10:30 Palestra: Atitude Adotiva
Luiz Schettini e Suzana Schettini
12:30 Almoço
14:00 Grupos de Apoio à Adoção do Estado do
Rio de Janeiro
Qual a importância do seu papel? Como se vê frente
à conjuntura da nova Lei da Adoção?
- Quintal da Casa de Ana – Niterói
- Ana Gonzaga I – Flamengo
- Ana Gonzaga II – Cascadura/Madureira
- Ana Gonzaga III
- Rosa da Adoção – Barra da Tijuca
- Adoçando Vidas – Campo Grande
- Café com Adoção – Centro
- Flor de Maio – Tijuca
- Benquerer – Araruama
- Adote – Rio das Ostras
- Dedo de Deus – Teresópolis
- GAFAP – Petrópolis
- GAA Norte-Noroeste Fluminense – Campos
- GAA Cabo Frio
- GAA Volta Redonda
- GVAA Exemplo de Amor
(Grupo Virtual no Orkut)
17:30 Encerramento e Eleição da sede
do próximo Encontro Estadual
18:00 CONFRATERNIZAÇÃO

São Paulo: criada a Frente Parlamentar de Adoção

Criada a Frente Parlamentar de Adoção
na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
São Paulo, 10 de outubro de 2011.
A Comissão Especial de Direito à Adoção da OAB SP, por seu Presidente Antonio Carlos Berlini, informa que foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo (Atos do Poder Legislativo), de 08 de outubro de 2011, a criação da FRENTE PARLAMENTAR DE ADOÇÃO E PRÓ-CONVIVÊNCIA FAMILIAR.
Encabeçada pela Deputada Rita Passos, que foi a Coordenadora da criação da Frente, a lista de apoiamento conta com mais vinte deputados estaduais dos diversos partidos que compõem a ALESP.
O Presidente da Comissão de Adoção da Seccional Paulista da Ordem dos Advogados, disse que a OAB sempre esteve presente às discussões e ao lado da Deputada Rita Passos, desde a aprovação da Lei nº 14.464, de 25 de maio de 2011, que institui a Semana Estadual da Adoção, também de sua autoria.
“Para os operadores sociais e do direito a criação de uma frente, que congrega deputados de vários partidos em torno da adoção e da convivência familiar de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, representa para estas mesmas crianças um olhar diferenciado e a preocupação daqueles que têm a possibilidade de mudar o destino das mais de 13 mil crianças que vivem em entidades e longe de suas famílias”, afirma o Presidente Carlos Berlini.
Dentre os objetivos da recém-criada Frente Parlamentar de Adoção e Pró-Convivência Familiar estão temas que há muito são defendidos pela OAB, tais como a criação e implantação de Varas Especializadas da Infância e da Juventude, o aprimoramento técnico, capacitação e contratação de operadores sociais, gestão informatizada e acompanhamento das crianças e adolescentes acolhidos.
Carlos Berlini informa ainda que dentro em breve será publicada uma Cartilha de Adoção (em formato de perguntas e respostas) produzida pelos membros da Comissão Especial de Direito à Adoção da OAB SP. “O trabalho foi feito com muito cuidado técnico-jurídico e muito carinho por todos os advogados que compõem a Comissão. Para a concretização desse sonho foi primordial o apoio incondicional que o Presidente da OAB, Dr. Luis Flávio Borges D´Urso, dá à causa da criança e da adoção”.