sábado, 12 de novembro de 2011

Cor e idade ainda são entraves à adoção

Pará
PublicidadeTerça-feira, 08/11/2011, 08h59
Cor e idade ainda são entraves à adoção
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), através do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), divulgou no último fim de semana dados sobre o aumento no número de pessoas interessadas em adotar crianças e adultos no Brasil. O número é cinco vezes maior que a totalidade de crianças e adolescentes que aguardam pela adoção. O CNA possui o cadastro de 4,9 mil crianças que aguardam adoção no país, enquanto que o número de pretendentes inscritos é de 26.936.

Apesar do aumento pela procura por adoção, o CNJ revela que ainda existem alguns fatores que acabam dificultando a adoção de crianças e adolescentes. O primeiro deles é o perfil exigido pelos pretendentes. A maioria dos interessados cadastrados pelo CNA, 9.842 (36,54% do total), prefere crianças ou adolescentes brancos, sendo que quase metade das crianças disponíveis para adoção - 2.272 no total - é parda. Crianças brancas somam 1.657, o que representa 33,82% do total.

No Pará, a assistente social da Vara de Infância e Juventude da Capital, Rosana Barros, revela que no Estado também houve aumento na procura pela adoção. A procura maior é por crianças de no máximo 2 anos de idade. “A dificuldade maior para adoção são para as crianças maiores de cinco anos ou portadoras de problemas mentais”, afirma.

O CNJ também aponta a faixa etária como um dos entraves para a adoção de crianças e adolescentes. Cerca de 59%, mais da metade dos interessados, querem adotar crianças de até 3 anos de idade. O terceiro fator é a indisposição dos pretendentes em adotar grupos de irmãos. O CNA afirma que 22.341 pretendentes desejam adotar apenas uma criança, enquanto que 3.780 crianças e adolescentes disponíveis para adoção têm irmãos.

Rosana Barros diz que o perfil médio das pessoas interessadas em adotar crianças ou adolescentes são casais acima de 35 anos. Mas o número de pessoas solteiras que adotam crianças também sofreu um significativo aumento.

INFORMAÇÕES

Setor Social - Fone: (91) 3205-2743; 3205-2744; 3205-2745

(Diário do Pará)

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