domingo, 12 de fevereiro de 2012

Recém-nascidos são preferência em adoções

Recém-nascidos são preferência em adoções
No caso da idade, o argumento é de que, educando a criança desde quando ela for recém-nascida, os pais podem moldar melhor a personalidade dela.

Da redação
hojems

Êlisângela afirmou que crianças disponíveis atualmente para adoção têm mais de 6 anos
hojems

Maiores de seis anos de idade esperam por um tempo maior na fila de adoção
Muito se fala sobre a importância de se adotar uma criança. O assunto pode levantar a seguinte questão: qual perfil é o mais procurado por quem deseja fazer a adoção? A assistente social do Tribunal de Justiça de Três Lagoas, Elisângela Facirolli do Nascimento, responde a essa pergunta com uma descrição que ela diz ilustrar a preferência não só na cidade, mas em todo o Brasil.
“Menina, recém-nascida e de cor branca”, afirma. Um dos motivos apresentados pelos que querem fazer a adoção, segundo a assistente social, é de que menina seria mais fácil de criar. No caso da idade, o argumento é de que, educando a criança desde quando ela for recém-nascida, os pais podem moldar melhor a personalidade dela. Elisângela discorda. “Eu não acho que seja certo porque a criança só define sua personalidade quando está mais velha”.
A assistente social informou que no ano passado foram adotadas 34 crianças em Três Lagoas, compreendendo-se nesse total, indivíduos de diferentes idades. Atualmente existem apenas dez crianças para serem adotadas, todas com idade acima de seis anos. A demanda de recém-nascido é menor, segundo Elisângela. “Quando é bebê, chega para a adoção e já sai. Muitas vezes ele nasce e já vai direto para a família.”.
Elisângela informou que a criança vai para adoção apenas quando é considerada suspensa ou destituída do poder familiar, ou seja, quando se esgotam as possibilidades de ela ficar com alguém da família. Ela conta que primeiro busca-se algum familiar, mesmo entre parentes mais distantes como tio, tia, avô ou avó, os quais se encontram no conceito de “família extensa”.
Não se encontrando, busca-se alguém que se encaixe no conceito de “família substituta”. “Leva-se muito em conta o grau de afetividade e afinidade. Muitas vezes a criança se dá melhor com o padrinho ou com um vizinho do que com um tio que mora longe”, exemplifica a assistente social. Não tendo algum familiar substituto a criança segue para a adoção.
A assistente social aproveitou para fazer um convite à população, principalmente àqueles que têm interesse em saber como adotar uma criança. “Temos um grupo de apoio à adoção. É realizada, toda primeira terça do mês, às 19h, no Tribunal do Júri do Fórum, uma reunião. Participam pessoas que já adotaram, que vão adotar ou que ainda nem deram entrada ao pedido de adoção”, convida.

Nenhum comentário: