quinta-feira, 26 de abril de 2012

Projeto precisa de padrinhos afetivos


25/04/2012 » 08:00 Projeto precisa de padrinhos afetivos Gisele Mendes Foto: Danilo Fiuza O Projeto Padrinho completou dois anos de implantação no município com resultados nada animadores quando o assunto é apadrinhamento afetivo. Além disso, o padrinho leva o seu afilhado para casa todo o final de semana e fica responsável em contribuir com a formação da criança. De acordo com a coordenadora do projeto, Elisângela Facirolli do Nascimento, neste ano, não foi realizado nenhum cadastro de padrinho afetivo. “Temos 15 crianças, de oito a 15 anos, no abrigo Poço de Jacó à espera de um padrinho”, disse. No ano passado, o projeto contava com 20 padrinhos. Agora, só restaram cinco, pois os demais afilhados foram adotados ou retornaram ao lar de origem. Conforme Elisângela, os antigos padrinhos preferiram não apadrinhar uma nova criança, pois ainda estão apegados aos seus afilhados. “Eu entendo esse comportamento. O padrinho cria um laço tão grande com a criança que, quando ela vai “embora”, eles sentem como se estivessem perdendo alguém”, explicou. A coordenadora explicou que o projeto conta com 50 padrinhos financeiros (que doam dinheiro), profissionais liberais (que cuidam da saúde das crianças) e empresas padrinhas (que doam produtos). Outros 20 cadastraram-se neste ano. Porém, os afetivos, que também são fundamentais para a formação das crianças, estão praticamente escassos. Ela acredita que a falta de interesse da população está relacionada ao preconceito. “Atualmente, temos crianças com idades a partir de oito anos. A maioria prefere as que possuem até cinco anos, no máximo”, disse. Elisângela chamou a atenção dos futuros padrinhos quanto à importância em oferecer carinho de modo indiscriminado. “As crianças, independentemente da idade, precisam de amor, carinho e atenção. É importante quebrarmos os tabus que ‘perseguem’ as crianças maiores. Afinal, elas precisam do convívio familiar para que tenham uma referência”, salientou. Na opinião de Elisângela, a preferência é um reflexo da adoção. “Para adotar, os candidatos também preferem crianças menores. É quase que uma cultura”, disse. CADASTRO Para se tornar um padrinho, é necessário ir até o Fórum e preencher uma ficha que será analisada pela juíza Rosângela Fávero. Antes de começar a levar a criança nos finais de semana para casa, o futuro padrinho precisa passar por uma avaliação psicossocial, a fim de que se possa avaliar a sua estrutura familiar. “Mesmo depois de todo esse processo, a equipe de psicólogos e assistentes sociais continua oferecendo suporte à família e à criança. O processo de adaptação dos dois lados é acompanhado regularmente”, explicou a coordenadora do projeto. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato por meio do número de telefone 3521-6161, ramal 240, e falar com Michele ou ir até o Fórum, na rua Zuleide Perez Tabox, número 10, no centro. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.

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