segunda-feira, 10 de junho de 2013

Família protegida após caso de adoção se muda de Monte Santo

10/06/2013 19h15 - Atualizado em 10/06/2013 19h19


Silvânia e seus seis filhos deixaram a moradia na cidade do sertão baiano.
Defesa e promotoria preferem não divulgar o que motivou o deslocamento.

Do G1 BA
Silvânia (Foto: Reprodução/TV Bahia)Silvânia Silva, mãe biológica das crianças
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
A dona de casa Silvânia da Silva deixou a residência na cidade de Monte Santo, no sertão da Bahia, com os seus seis filhos, cinco deles envolvidos em processo de adoção com denúncias de ilegalidade, há cerca de um mês. Eles estão vivendo em um bairro de Salvador. A mudança foi confirmada nesta segunda-feira (10) pela promotoria da cidade de Monte Santo.
"O processo está em segredo de Justiça, nenhuma informação pode ser passada. Eles foram extremamente expostos, principalmente as crianças. A postura da minha atuação é a de não dar outras informações. Posso dizer é que as crianças estão sendo acompanhadas", relatou a promotora Severina Patrícia Fernandes.
O Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca), que faz a defesa da família baiana, também prefere não passar informações sobre a situação. "A gente não tem mais interesse de render esse assunto na mídia. Já está na hora da família seguir seu rumo", disse um dos advogados. O motivo da transferência não foi informado.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) informa que apoiou a transferência da família com  deslocamento, escola e transporte escolar, em parceria com o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Ceca) e a Prefeitura Municipal de Monte Santo. De acordo com a Sedes, a moradia para a família foi conseguida pela pasta em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e a Prefeitura de Monte Santo.
A Sedes ressalta que as ações foram mobilizadas por um comitê formado por representantes do Ceca, do Fórum Estadual de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente, do Cedeca e do Projeto Proteger.
A jornalista Eleonora Ramos, do Projeto Proteger, que ajudou a denunciar o caso, disse que episódios que envolveram a presença das mães adotivas na cidade de Monte Santo criaram a necessidade da mudança. Em março deste ano, Silvânia registrou queixa na delegacia por insegurança.
A advogada Leonora Panzetti, que defende as mães adotivas, disse que não existe nenhuma decisão judicial que iniba a locomoção das famílias paulistas. "Não há nenhum impedimento legal de ir e vir, de fazer qualquer tipo de deslocamento. Ainda não tem resolução de mérito sobre quem é que vai ficar com a guarda definitiva da criança. Todas as idas das mães foram anunciadas a quem de direito", afirmou.

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