quarta-feira, 10 de julho de 2013

PAIS DE RIO PRETO, SP, FALAM SOBRE A EMOÇÃO DE ADOTAR UMA CRIANÇA.


09/07/2013
No país, 5.426 crianças estão à disposição para serem adotadas. Enquanto isso, 29.440 pessoas manifestaram o interesse em adotar.
Do G1 Rio Preto e Araçatuba

Uma pesquisa do Cadastro Nacional de Adoção mostra que os casais têm feito cada vez menos exigências na hora de adotar uma criança. Cerca de 40% dos candidatos não se importam com a cor da pele e nem com a idade. Essa mudança facilita e agiliza os processos. Em todo o país, há mais de cinco mil crianças prontas para ganhar um novo lar. Casais de São José do Rio Preto (SP), que já passaram por essa experiência, contam o que mudou com a chegada dos filhos.
Há quatro anos, Vitória chegou para cantar e encantar a vida do casal Rodrigo e Renata. A decisão de adotar uma criança veio quando o casal resolveu formar uma família. Vitória, hoje, é a alegria da casa e representa muito mais do que uma escolha. “Tentamos ter o filho naturalmente, isso não aconteceu, e sempre disse que deveríamos adotar. Quando alguém liga e fala que tem uma criança apta, você pensa: “Meu sonho de ser pai finalmente chegou”. E ela veio um dia antes do Dia dos Pais. Ela é meu xodó”, afirma o gerente comercial Rodrigo Donofre.
A adoção é a única forma permitida por lei de alguém assumir como filho uma criança ou adolescente nascido de outra pessoa. O processo é gratuito, mas quem pode adotar são pessoas maiores de 18 anos, independente do estado civil, que tenham sido avaliados e considerados aptos para adoção. Os interessados devem procurar a Vara da Infância e Juventude da sua cidade e levar a documentação solicitada. Em seguida, os pretendentes passam por entrevista e visita domiciliar. Somente após esses primeiros procedimentos, o Ministério Público se manifesta sobre o pedido e o juiz decide se a pessoa, ou casal, está ou não habilitado para adotar.
O procedimento antes mais burocrático já passou a ser mais simples. “A pessoa traz todas as documentações, passa por um estudo sócio-psicológico, para ver se isso não é um desejo passageiro, porque criança é para o resto da vida. Com tudo certo, ela é inscrita em um livro de adoção e aguarda na fila”, diz o juiz Osni Pereira.
Dados do Conselho Nacional de Justiça apontam que, no país, 5.426 crianças estão à disposição do poder legislativo para ser adotadas em 2013. Já o número de pretendentes, atinge uma marca ainda mais expressiva. Os dados mostram que 29.440 pessoas manifestaram o interesse em adotar um filho, mas muitas crianças e adolescentes ainda vivem em abrigos e esperam que a justiça defina seu destino: voltar para a família biológica ou encaminhadas para adoção.
Há cerca de 10 anos, as restrições para adotar uma criança eram muitas e as preferências, claras: a maioria dos casais queria adotar menina, branca e ainda bebê. Mas pesquisas feitas pelo cadastro nacional de adoção mostram que a realidade está mudando e para muito melhor. O número de pessoas que não se importam com a cor da pele da criança já chega a quase 40%. “A pessoa que for adotar não pode ter preconceito algum, tem de adotar do jeito que a criança é, porque nessa hora não se mede cor, e sim satisfazer a vontade maior de adotar uma criança”, afirma o juiz.
Para muitos casais o que importa mesmo é realizar o sonho de ser mãe, de ser pai. Foi assim que a farmacêutica Nelcilene Bolssone e o administrador Célio Natal planejaram a chegada do Pedro e do Gabriel. “Nós não escolhemos sexo, nem cor, nem idade e em 15 dias já estava aprovado o cadastro e já apareceu o Pedro. O Gabriel, nós reativamos o cadastro para uma menina, mas a assistente social me ligou e disse que nasceu uma criança que precisava ter alta do hospital. Quando vimos o Gabriel não resistimos”, diz a farmacêutica.
Casal Renata e Rodrigo com a filha Vitória (Foto: Reprodução / TV Tem)
http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2013/07/pais-de-rio-preto-sp-falam-sobre-emocao-de-adotar-uma-crianca.html

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