domingo, 24 de novembro de 2013

ADOÇÃO: É CERTO OU ERRADO ADOTAR


21.11.2013
Cintia

Depois de ler sobre alguns casos de adultos adotados, que não estavam satisfeitos com a sua situação e decidiram levantar uma bandeira contra a adoção, eu comecei a pensar se havia algo de certo no que eles estavam dizendo.
Na verdade, eles poderiam estar certos. “Algumas” adoções não terminam bem, e talvez seria melhor se elas nunca tivessem acontecido. O “final não tão feliz”, geralmente acontece porque a adoção não foi feita pelo motivo certo, que é aquela onde os pais buscam o melhor interesse da criança. Infelizmente, sabemos que algumas adoções, principalmente internacionais, envolvem muito dinheiro e por essa razão tornou-se um negócio lucrativo para algumas pessoas.
Às vezes, a família que decide adotar tem a melhor intenção e faz tudo da maneira correta, e ainda sim a adoção não acabar bem.
Adoção envolve mais de uma pessoa, sentimentos, relacionamentos, e isso faz com que cada situação seja única. Eu acho que, mesmo com as melhores intenções, nunca haverá uma lei que vai ser capaz de proteger totalmente todos os lados envolvidos na adoção. Ao mesmo tempo, eu acho que a adoção sempre vai existir, porque sempre haverá crianças que precisam de uma família.
O governo poderia investir fundos na melhoria dos abrigos pelo Brasil afora, até que se tornassem um lugar agradável, mas, o conforto de um abrigo, nunca substituirá uma família. Eu nunca conheci uma pessoa que cresceu em um orfanato sem nunca ter desejado uma família.
Então, o que devemos fazer para ajudar a melhorar a situação dos órfãos?
Cada país deve tentar fazer o melhor para ajudar as famílias, para que possam cuidar de seus filhos. Devemos ajudar as famílias que amam seus filhos e querem mantê-los, mas não podem porque estão passando por dificuldades financeiras ou de saúde.
Além disso, podemos aconselhar as adolescentes para que evitem uma gravidez. Isto é mais complicado, envolve a mudança da cultura liberal e da mentalidade de que você não precisa ser estável na vida para manter um relacionamento íntimo, onde você pode acabar com uma criança.
Se pudéssemos ter sucesso em ambas as situações, tanto orientando adolescentes e adultos sobre gravidez indesejada quanto ajudando famílias com problemas financeiros, poderíamos reduzir o número de crianças em orfanatos esperando por uma nova família, o que seria ótimo, mas ainda assim teríamos crianças à espera de pais adotivos.
As crianças que perderam ambos os pais em desastres e guerras, crianças cujos pais passarão vários anos na cadeia, são alguns exemplos. Você não acha que eles também merecem crescer tendo uma família?
Não é errado adotar, mas não e algo mágico e lindo como muitos pensam. Sempre envolverá perda, dor e luto. No entanto, a adoção pode ser uma solução permanente para a criança que já perdeu muito na vida. Não é o primeiro plano, mais sim um resgate de alguém que precisa ser amado como filho, ensinado e educado para ser útil na nossa sociedade.
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