domingo, 24 de novembro de 2013

FAMÍLIA NO CENTRO DOS DEBATES


23/11/2013
Questionamento do Vaticano para preparar conferência de bispos que acontecerá em 2014 expõe preocupação com questões nevrálgicas como adoção e homossexualismo. Religiões têm posições distintas
DIÁRIO DA MANHÃ
HÉLMITON PRATEADO

O papa Francisco presidirá em outubro de 2014 o primeiro Sínodo dos Bispos sob seu pontificado. A Assembleia Geral dos dirigentes diocesanos do mundo inteiro terá como tema central a família, explicitando a preocupação da Igreja Católica com o núcleo familiar e seus desafios na modernidade já no título: “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.
Uma Assembleia Geral Extraordinária como essa não era realizada desde 1985, quando o então sumo pontífice, João Paulo II, presidiu o Sínodo alusivo aos 20 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, que reformou a religião de forma profunda e duradoura. Para preparar o encontro o Vaticano enviou aos bispos de todas as dioceses do mundo um questionário em que os dirigentes deverão responder com base em suas formações, culturas distintas e diferenças regionais expondo suas posições sobre assuntos relacionados ao tema e altamente nevrálgicos.
O questionário(vide nesta página) é recheado com perguntas que vão fazer muitos bispos engolirem em seco para responder indagações como união de pessoas de mesmo sexo e se é possível prestar alguma atenção pastoral a elas, adoção de crianças por casais homossexuais, crise de gerações, separados e divorciados e sua inserção na igreja.
O próprio papa Francisco, um pregador incansável do ecumenismo, manifestou-se pela oitiva de outros segmentos religiosos para avaliar a extensão dos conceitos sobre assuntos tão prementes e modernos. Quando dirigia a arquidiocese de Buenos Aires, o então cardeal Jorge Mário Bergoglio se tornou mundialmente conhecido por congregar pastores evangélicos, dirigentes ortodoxos e rabinos judeus para rezarem todos juntos e discutirem problemas comuns a toda a sociedade. Agora com a responsabilidade de dirigir toda a Igreja Católica o desafio é adaptar a discussão às novas realidades do mundo moderno.
Buscando ampliar o debate e saber a posição de diferentes setores da sociedade com orientações religiosas também diversas o Diário da Manhã procurou pensadores e o resultado aponta para convergências em alguns pontos e discordância em outros, tudo dentro da moral religiosa pregada por esses segmentos. Católicos e evangélicos indicam posturas mais convergentes, enquanto espíritas têm a tolerância como tônica principal para atrair e repelem a discriminação como fator para ampliar a missão evangelizadora.

REFERÊNCIA
Pedro Sérgio dos Santos é graduado em Filosofia e Teologia e mestre e doutor em Direito. Fala como leigo, mas é ex-seminarista franciscano. Hoje é advogado, professor universitário e diretor da Faculdade de Direito da UFG. Quando colocado diante do primeiro questionamento feito pelo Vaticano sobre se a família é um lugar privilegiado para o início da evangelização, Pedro Sérgio mostra que suas posições convergem com a doutrina da igreja, mesmo tendo sido militante de esquerda.
“A família é o local da primeira catequese”, comenta Pedro Sérgio, lembrando que a própria Igreja Católica coloca essa definição em seus documentos. “O indivíduo se torna cristão ou de qualquer outra religião a partir da informação recebida no seio familiar”.
Há uma situação em que se faz necessário conciliar, segundo o mestre e doutor, e que diz respeito à pregação social que o papa Francisco tem manifestado sempre. “O papa tem mostrado que é preciso ter uma preocupação com o homem de forma integral. Uma família que não tem onde morar terá dificuldade para fazer sua catequese. Um pai de família desempregado terá dificuldade de falar em religião com os filhos porque sua preocupação será primeiro garantir a comida. Essas situações de miséria e pobreza que estão no mundo inteiro são problemas que devem ser enfrentados para dar vida plena ao indivíduo. Por isto a Igreja fala em ‘opção preferencial pelos pobres”.
A moral religiosa é uma e a postura do Estado frente a demandas sociais não se convergem, na observação de Pedro Sérgio. Sob a ótica de um leigo defensor do direito dos cidadãos existe uma distinção das coisas. Um exemplo claro disso é mostrado quando o assunto gira sobre questões similares como adoção de crianças por casais homossexuais e casamento gay.
“Uma coisa é o Estado, que é laico, sem ligação com religião alguma, aprova união de pessoas do mesmo sexo e adoção de crianças por casais homossexuais. Isto é o que o Estado aprova. Agora a doutrina cristã católica e da maior parte das igrejas evangélicas entende que a família é formada por um homem e uma mulher e que o ser humano ao nascer e crescer, seja ele de pais biológicos ou adotivos, tem o direito de ter o referencial do homem e da mulher. Assim foi a criação de Deus, a natureza, e assim o ser humano tem o direito de saber essas duas versões. Quando você coloca um casal homossexual para adotar uma criança você tira dessa criança o direito dela ter as duas perspectivas de personalidades em sua formação”, comenta.
Sua posição jurídica frente a essas questões é no mesmo sentido da religião: se duas pessoas têm intenção de viver juntas, juridicamente o Estado pode permitir, mas adotar uma criança extrapola os limites individuais. Pedro Sérgio lembra que se o Estado permite que casais do mesmo sexo adotem uma criança estará privando essa criança do direito de ter a referência do masculino e do feminino, necessárias para sua formação.
“Mas, a igreja não pode repelir os homossexuais, como frisou o papa Francisco”, comenta o professor. “A igreja não pode condenar nem julgar ninguém. A igreja entende que, embora não concorde com o homossexualismo deva acolher homossexuais, assim como muitas outras situações como prostitutas. A igreja não concorda com a prostituição, mas dever ter uma postura de acolhimento e de esclarecimento, não de exclusão”, avalia.
A relação dos indivíduos com a Igreja Católica e seus princípios de moral religiosa pode ser entendida sob uma explicação jurídica, de acordo com Pedro Sérgio. “A relação com a igreja é uma espécie de adesão, em que ela tem uma doutrina como qualquer outra religião. Ao aderir à sua doutrina estarei aderindo ao pacote inteiro e não apenas a uma parte que me interessa. Se uma pessoa é homossexual deve aderir inteira à doutrina, mesmo sabendo que sua conduta é reprovada pela igreja e que deve abandonar as práticas que vão de encontro a essa doutrina”.

INTEGRALIDADE FAMILIAR
O pastor evangélico Agostinho Lopes de Oliveira é presidente da Associação de Pastores da Grande Goiânia, instituição que reúne as Igrejas de Cristo na região metropolitana. Respeitado por ser um dos bons pensadores da doutrina evangélica em Goiás e com referenciais de nível nacional, o veterinário de profissão está longe do esteriótipo de evangélico tradicional e conservador. Sabe viver com alegria e definir os limites do “bem viver” e do que pode desviar o indivíduo de seus preceitos religiosos. Prova disso é sua paixão pelo Vila Nova e por uma boa pescaria.
Na hora de avaliar questionamentos modernos que famílias e pessoas precisam enfrentar, o pastor Agostinho encara a missão com clareza de pensamento e se despe de dogmas religiosos, buscando conceitos filosóficos e religiosos bem parecidos com os do católico Pedro Sérgio. “O foco da evangelização deve ser a família, por ser a célula original da sociedade. Evangelizar de forma eficiente e clara a família abre um caminho precioso para evangelizar a sociedade. As igrejas evangélicas procuram atender às famílias de forma integral, em seus sentimentos e almas, levando a salvação aos indivíduos de forma plena”, explica.
A união homossexual também é frontalmente combatida pela doutrina evangélica, que Agostinho Lopes justifica com conceitos bíblicos. “A partir do princípio de que Deus criou homem e mulher entendemos que a instituição familiar é igualmente criação de Deus. A família não é somente para fins de procriação, mas para perpetuação da espécie e para a realização das pessoas. Daí entendemos que Deus não permitiria a união de pessoas do mesmo sexo, até porque isto não traz benefício nenhum para a sociedade. Ao contrário, isto é motivo de desagregação social em vários setores. As pessoas tendem a acreditar que isto possa ser indutor de paz social a curto prazo, mas a longo prazo será motivo de grande desajuste para toda a sociedade”.
Demonstrando desapego para com ideias pré-concebidas e abrindo a alternativa de livre-arbítrio para os indivíduos o pastor Agostinho lembra que “não se pode esconder em preconceitos e renegar quem faça sua escolha”, pois cada um é livre para escolher seu caminho e escolhas, mas com a ressalva de que “sob a ótica das Sagradas Escrituras isto é reprovável”.
De igual maneira o pastor avalia que algumas pessoas acreditam que permitir adoção de crianças por casais homossexuais possa representar algum benefício social, mas que a médio e longo prazo isto poderá se revelar maléfico para todos. “A princípio dar um lar a crianças pode até ser entendido como contribuição social, mas no futuro isto irá provocar uma degradação moral muito grande e uma série de conflitos para esses indivíduos criados no seio de famílias homossexuais. A criança precisa de referenciais de figuras masculina e feminina para afirmação de sua personalidade e de sua autoestima”, avalia Agostinho fazendo coro ao professor católico.
Quando a indagação é sobre questões modernas como a utilização de “mães de substituição”, a conhecida e contemporânea “barriga de aluguel”, o pastor se mostra igualmente antenado com a discussão ressalvando problemas ainda desconhecidos e desagradáveis no futuro. “O sonho de ser mãe é direito de todas as mulheres. Entretanto, o benefício inicial poderá ser convertido em um problema futuro, como a dificuldade de identificação da criança gerada por esse meio, que foge à naturalidade da concepção e da maternidade”.
A utilização de mídias sociais modernas como twitter e facebook abre a possibilidade de difusão do Evangelho com mais efetividade e o pastor líder de outros pastores faz uma severa advertência: não se deve usar meios de comunicação em ações pastorais e evangelizadoras como forma de ganhar dinheiro e fazer fortuna. “Usar programas de televisão ou outra forma de mídia para pregar o Evangelho e ganhar dinheiro é ir no sentido contrário ao que Nosso Senhor nos ensinou a ‘dar de graça o que de graça recebemos”.

TOLERÂNCIA E CONVIVÊNCIA PACÍFICA
Na doutrina espírita o princípio da aceitação do livre-arbítrio é um paradigma. A “fé raciocinada”, forma de compreensão do Evangelho codificada pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivailal, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec para difundir seus pensamentos, avalia questões de natureza moral e religiosa com postura mais liberal e de aceitação.
Para a fonoaudióloga e instrutora de cursos de oratória Ivana Raisky, que é a atual presidente da Federação Espírita de Goiás, preconceitos e intolerância não contribuem em nada para a evolução dos espíritos. Ela explica que a doutrina espírita adota uma postura muito mais conciliatória e tolerante frente a assuntos graves e que isto deve se traduzir em benefícios para os indivíduos.
“A família é o primeiro estágio de convivência com outras pessoas e com o nosso afeto. Então a família tem um papel muito importante do ser que está renascendo, pois conforme nossa concepção a cada vez que uma criança nasce o que se processa é que estamos renascendo, porque já tivemos uma oportunidade aqui de aprendizado e de evolução. Devemos enxergar que todos os que compõem a família são cuidadores, pais e irmãos que fazem parte da formação do caráter e da personalidade desse indivíduo que está tendo uma oportunidade aqui”, explica.
Uma questão nevrálgica como homossexualismo é vista como longe de ser um tabu para os espíritas e até mesmo a adoção de crianças por casais homossexuais. Ivana Raisky explica que a postura adotada pelos espíritas é de “respeito” por se tratar de irmãos da mesma forma. “Muito mais importante do que a opção sexual de cada um é a conduta desse indivíduo. Sendo homossexual ou heterossexual qual é sua postura frente à vida, à sociedade e aos demais irmãos? Nossa perspectiva é a do respeito, do acolhimento e da inclusão, não do preconceito e da criminalização”.
Se casais homossexuais decidem adotar uma criança a postura dos espíritas é de normalidade. “Nós entendemos ser muito importante que essa criança cresça no lar, onde receberá uma atenção diferenciada do que em uma instituição estatal. Um casal que se dispõe a receber uma criança concebida e gerada por outras pessoas está disposto a amar e dar cuidado. Nós avaliamos ser melhor essa criança ser cuidada por dois pais ou duas mães do que ser criada em um orfanato”, comenta.
Se isto representará alguma alteração no comportamento ou no caráter dessa criança a doutrina espírita considera que será decorrente da postura e da conduta do casal que a cria. “Sabemos que existem casais heterossexuais que não demonstram o mesmo caráter e a mesma conduta que homossexuais e que isto pode influenciar de modo negativo crianças que crescem nesse meio”.
O mais importante, segundo Ivana Raisky, é a necessidade de amor e preocupação para com a evolução do indivíduo, apesar de considerar que o natural é que a família seja composta por um homem e uma mulher.

QUESTIONÁRIO NA ÍNTEGRA
As seguintes perguntas permitem às Igrejas particulares participar ativamente na preparação do Sínodo Extraordinário, que tem a finalidade de anunciar o Evangelho nos atuais desafios pastorais a respeito da família.

1 - SOBRE A DIFUSÃO DA SAGRADA ESCRITURA E DO MAGISTÉRIO DA IGREJA A PROPÓSITO DA FAMÍLIA
a) Qual é o conhecimento real dos ensinamentos da Bíblia, da “Gaudium et spes”, da “Familiaris consortio” e de outros documentos do Magistério pós-conciliar sobre o valor da família segundo a Igreja católica? Como os nossos fiéis são formados para a vida familiar, em conformidade com o ensinamento da Igreja?
b) Onde é conhecido, o ensinamento da Igreja é aceite integralmente. Verificam-se dificuldades na hora de o pôr em prática? Se sim, quais?
c) Como o ensinamento da Igreja é difundido no contexto dos programas pastorais nos planos nacional, diocesano e paroquial? Que tipo de catequese sobre a família é promovida?
d) Em que medida – e em particular sob que aspectos – este ensinamento é realmente conhecido, aceite, rejeitado e/ou criticado nos ambientes extra-eclesiais? Quais são os fatores culturais que impedem a plena aceitação do ensinamento da Igreja sobre a família?

2 - SOBRE O MATRIMÓNIO SEGUNDO A LEI NATURAL
a) Que lugar ocupa o conceito de lei natural na cultura civil, quer nos planos institucional, educativo e académico, quer a nível popular? Que visões da antropologia estão subjacentes a este debate sobre o fundamento natural da família?
b) O conceito de lei natural em relação à união entre o homem e a mulher é geralmente aceite, enquanto tal, por parte dos batizados?
c) Como é contestada, na prática e na teoria, a lei natural sobre a união entre o homem e a mulher, em vista da formação de uma família? Como é proposta e aprofundada nos organismos civis e eclesiais?
d) Quando a celebração do matrimónio é pedida por batizados não praticantes, ou que se declaram não-crentes, como enfrentar os desafios pastorais que disto derivam?

3 – A PASTORAL DA FAMÍLIA NO CONTEXTO DA EVANGELIZAÇÃO
Quais foram as experiências que surgiram nas últimas décadas em ordem à preparação para o matrimónio? Como se procurou estimular a tarefa de evangelização dos esposos e da família? De que modo promover a consciência da família como “Igreja doméstica”?
Conseguiu-se propor estilos de oração em família, capazes de resistir à complexidade da vida e da cultural contemporânea?
Na atual situação de crise entre as gerações, como as famílias cristãs souberam realizar a própria vocação de transmissão da fé?
De que modo as Igrejas locais e os movimentos de espiritualidade familiar souberam criar percursos exemplares?
Qual é a contribuição específica que casais e famílias conseguiram oferecer, em ordem à difusão de uma visão integral do casal e da família cristã, hoje credível?
Que atenção pastoral a Igreja mostrou para sustentar o caminho dos casais em formação e dos casais em crise?

4 – SOBRE A PASTORAL PARA ENFRENTAR ALGUMAS SITUAÇÕES MATRIMONIAIS DIFÍCEIS
a) A convivência ad experimentum é uma realidade pastoral relevante na Igreja particular? Em que percentagem se poderia calculá-la numericamente?
b) Existem uniões livres de facto, sem o reconhecimento religioso nem civil? Dispõem-se de dados estatísticos confiáveis?
c) Os separados e os divorciados recasados constituem uma realidade pastoral relevante na Igreja particular? Em que percentagem se poderia calculá-los numericamente? Como se enfrenta esta realidade, através de programas pastorais adequados?
d) Em todos estes casos: como vivem os batizados a sua irregularidade? Estão conscientes da mesma? Simplesmente manifestam indiferença? Sentem-se marginalizados e vivem com sofrimento a impossibilidade de receber os sacramentos?
e) Quais são os pedidos que as pessoas separadas e divorciadas dirigem à Igreja, a propósito dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação? Entre as pessoas que se encontram em tais situações, quantas pedem estes sacramentos?
f) A simplificação da praxe canónica em ordem ao reconhecimento da declaração de nulidade do vínculo matrimonial poderia oferecer uma contribuição positiva real para a solução das problemáticas das pessoas interessadas? Se sim, de que forma?
g) Existe uma pastoral para ir ao encontro destes casos? Como se realiza esta atividade pastoral? Existem programas a este propósito, nos planos nacional e diocesano? Como a misericórdia de Deus é anunciada a separados e divorciados recasados e como se põe em prática a ajuda da Igreja para o seu caminho de fé?

5 - SOBRE AS UNIÕES DE PESSOAS DO MESMO SEXO
a) Existe no vosso país uma lei civil de reconhecimento das uniões de pessoas do mesmo sexo, equiparadas de alguma forma ao matrimónio?
b) Qual é a atitude das Igrejas particulares e locais, quer diante do Estado civil promotor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, quer perante as pessoas envolvidas neste tipo de união?
c) Que atenção pastoral é possível prestar às pessoas que escolheram viver em conformidade com este tipo de união?
d) No caso de uniões de pessoas do mesmo sexo que adotaram crianças, como é necessário comportar-se pastoralmente, em vista da transmissão da fé?

6 - SOBRE A EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO DAS SITUAÇÕES DE MATRIMÓNIOS IRREGULARES
a) Qual é nestes casos a proporção aproximativa de crianças e adolescentes, em relação às crianças nascidas e educadas em famílias regularmente constituídas?
b) Com que atitude os pais se dirigem à Igreja? O que pedem? Somente os sacramentos, ou inclusive a catequese e o ensinamento da religião em geral?
c) Como as Igrejas particulares vão ao encontro da necessidade dos pais destas crianças, de oferecer uma educação cristã aos próprios filhos?
d) Como se realiza a prática sacramental em tais casos: a preparação, a administração do sacramento e o acompanhamento?

7 - SOBRE A ABERTURA DOS ESPOSOS À VIDA
a) Qual é o conhecimento real que os cristãos têm da doutrina da Humanae vitae a respeito da paternidade responsável? Que consciência têm da avaliação moral dos diferentes métodos de regulação dos nascimentos? Que aprofundamentos poderiam ser sugeridos a respeito desta matéria, sob o ponto de vista pastoral?
b) Esta doutrina moral é aceite? Quais são os aspectos mais problemáticos que tornam difícil a sua aceitação para a grande maioria dos casais?
c) Que métodos naturais são promovidos por parte das Igrejas particulares, para ajudar os cônjuges a pôr em prática a doutrina da Humanae vitae?
d) Qual é a experiência relativa a este tema na prática do sacramento da penitência e na participação na Eucaristia?
e) Quais são, a este propósito, os contrastes que se salientam entre a doutrina da Igreja e a educação civil?
f) Como promover uma mentalidade mais aberta à natalidade? Como favorecer o aumento dos nascimentos?

8 - SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A FAMÍLIA E A PESSOA
a) Jesus Cristo revela o mistério e a vocação do homem: a família é um lugar privilegiado para que isto aconteça?
b) Que situações críticas da família no mundo contemporâneo podem tornar-se um obstáculo para o encontro da pessoa com Cristo?
c) Em que medida as crises de fé, pelas quais as pessoas podem atravessar, incidem sobre a vida familiar?

9 - OUTROS DESAFIOS E PROPOSTAS
Existem outros desafios e propostas a respeito dos temas abordados neste questionário, sentidos como urgentes ou úteis por parte dos destinatários?
http://www.dm.com.br/texto/152635-famalia-no-centro-dos-debates

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