sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

ADOÇÃO, UM ATO DE AMOR.


Por: Alda Lucia

Na sala do JUIZ a seguinte pergunta:
Posso fazer essa adoção sem nenhuma dúvida?
A TESTEMUNHA: _ Tenho certeza. Pode sim. Mais palavras que pudessem ser ditas naquele momento, não expressariam a convicção do ato, diante da dedicação e comprometimento dos pais adotivos, com aquela criança.
E o JUIZ prosseguiu...
_ Há quanto tempo a senhora conhece a família? A senhora sabe a idade, nome, e como vive essa criança? Ela é realmente bem tratada?
A TESTEMUNHA: _ Acompanho a vida do casal e sei que a criança é atendida por neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo e pediatra. Sei que essa criança tem um défice no desenvolvimento.
_é autista? Falou a PROMOTORA.
TESTEMUNHA: _Não se sabe ainda. Pois ainda não há diagnóstico. Só posso dizer que essa criança é feliz , que ela recebe o acolhimento , atenção , carinho que toda criança precisa .

Enquanto a conversa na sala do juiz prosseguia, nesse nível, o CASAL , na sala ao lado rezava e com o coração aflito aguardava.

Ao sair, a TESTEMUNHA perguntou à MÃE: _você tem certeza do que quer? E ela falou:
_Não saberia viver sem minha branquinha, se tirarem ela da gente, sei que morreríamos. Falava a mãe com a aprovação do pai, que afirmava com a cabeça. Mesmo com todo trabalho que temos é maravilhoso amá-la.
_Seis meses depois, nova audiência, e como TESTEMUNHA lá estavam: PAI MÃE E TESTEMUNHA.
O JUIZ repete as mesmas perguntas e com toda toda firmeza as repostas foram dadas .
Fora da sala , sem se conter , a GRANDE AMIGA , admiradora e TESTEMUNHA , falou para o CASAL:
_ Eu não duvido da capacidade de amar que vocês têm. Está refletida nesse ato de amor, de bondade, mas gostaria de saber se vocês estavam preparados para o fato da criança ser especial? Como reagiram diante do inesperado? Desculpem-me, é que quando temos um filho vamos amá-lo independente da sua condição, mas nesse caso vocês poderiam escolher. essa criança tem comprometimentos.

A MÃE falou:
_Descobrimos com ela, que nossas deficiências eram bem maiores do que as que ela tem, pois não sabíamos o que fazer, para onde irmos, o que comprarmos, apenas acumulávamos bens. Hoje superamos nossas deficiências e estamos inseridos num único projeto de vida, no qual incluímos nossas filhas, já adultas, que juntamente conosco abraçaram essa criança.
E assim, a TESTEMUNHA também abraçou a causa, e aprendeu que a capacidade de amar está a cima de tudo.

Diante de toda investigação, o JUIZ ainda aguarda a confirmação dos PAIS BIOLÓGICOS, que um dia abandonaram essa CRIANÇA, só após afirmação, que realmente não querem CRIANÇA, a guarda definitiva será dada.
Enquanto isso, durante o tempo em que o processo anda, três anos e seis meses, outras duas CRIANÇAS foram providenciadas, pelos pais biológicos.
Queira DEUS, que essas duas CRIANÇAS venham ter a mesma sorte de RAFINHA.
http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=32442

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