quinta-feira, 27 de março de 2014

CEJA FACILITA CADASTRAMENTO NO PROJETO PADRINHOS


26/03/2014
Da Redação
A fim de facilitar o processo de cadastramento de interessados em participar do projeto Padrinhos, a Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) vai disponibilizar em seu site (http://www.tjmt.jus.br/corregedoria/Areas/CEJA/Default.aspx
), já no mês de abril, o formulário para preenchimento de forma online. A ferramenta foi apresentada na tarde desta terça-feira (25 de março) ao corregedor-geral da Justiça, desembargador Sebastião de Moraes Filho.
“A iniciativa já está aprovada e espero que ela contribua para aumentar o número de interessados no apadrinhamento. Aguardamos mais pessoas que queiram se tornar padrinhos de crianças e adolescentes que necessitam de carinho e atenção, que é muito mais importante que o próprio suporte material. Tratar esses menores como se fossem seus próprios filhos é uma medida dignificante, que enobrece aqueles que dispõem de seu tempo em prol dessas crianças”, salienta o magistrado.
Sem essa ferramenta a ser implementada, o interessado precisa fazer o download do formulário, preenchê-lo e trazê-lo na sede da Ceja ou enviar os dados por e-mail para a comissão depois de escaneado. Com a nova facilidade, em breve tudo poderá ser feito via internet.
Segundo o desenvolvedor da ferramenta, Leonides Marcílio, que atua no Departamento de Aprimoramento da Primeira Instância (Dapi), a ferramenta foi pensada de forma a facilitar o cadastramento de eventuais interessados em atuar como padrinho/madrinha de crianças e adolescentes acolhidos inicialmente em Cuiabá e Várzea Grande. Os menores vivem nas seguintes instituições: projeto Vida Nova (quatro casas em VG), projeto Nossa Casa, Lar da Criança, Casa da Retaguarda e Lar Menina dos Olhos de Deus, essas quatro últimas localizadas em Cuiabá.
De acordo com a secretária-geral da Ceja, Elaine Zorgetti, a medida visa a facilitar a rotina de eventuais interessados, residentes na Capital ou em Várzea Grande, que não mais precisarão se deslocar até o Centro Político Administrativo para ser um padrinho voluntário. “Com o trânsito existente hoje nessas duas cidades, essa ferramenta vai ser de grande valia. Precisamos muito de padrinhos, principalmente de prestadores de serviço”, acrescenta, ao ressaltar que a meta é que futuramente o apadrinhamento de forma online seja estendido às demais comarcas do Estado.
O projeto Padrinhos, lançado em 2008, visa a envolver a sociedade civil de forma que as pessoas que não tenham interesse em adoção ou guarda, mas que desejam ajudar de alguma forma, possam apadrinhar crianças institucionalizadas acima de sete anos que perderam o vínculo com sua família biológica ou se encontram em situação de difícil inserção em família substituta. Há três tipos de apadrinhamento: provedor (que presta algum tipo de ajuda financeira), afetivo ou prestador de serviço.
“Toda ajuda é bem-vinda, seja de profissionais liberais ou empresas parceiras. Esse apadrinhamento tem o poder de dar um impulso na vida dessas crianças, que estão prontas para a adoção, mas têm condições remotas de serem adotadas por conta da idade”, ressalta Nadir Nadaf, assistente social da Ceja. Ela explica que, além do auxílio financeiro de eventuais padrinhos provedores e do suporte afetivo, os menores também precisam da colaboração voluntária de médicos, dentistas, cabeleireiros, psicopedagogos, professores de música, contadores de história, recreadores, entre outros.
Pode atuar como padrinho qualquer pessoa com mais de 18 anos, independente da classe social, profissão, credo, raça ou sexo. Empresas, instituições, escolas, clubes de serviços, entidades de classe e associações também podem apadrinhar menores acolhidos. Um dos exemplos de apadrinhamento são pessoas que custeiam aulas de Kumon (aulas particulares, em especial de matemática e português) para adolescentes acolhidos. “Muitos têm problemas de aprendizagem e obtêm bons resultados com essas aulas e o custo por aluno é de aproximadamente R$ 150”, relata Nadir.
Os interessados em apoiar o projeto ou apadrinhar uma criança ou um adolescente abrigado deverão entrar em contato com a Ceja pelo telefone (65) 3617-3330.
http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=453301

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