segunda-feira, 7 de abril de 2014

ADOTAR CRIANÇAS MAIS VELHAS É TER AMOR E PACIÊNCIA EM DOBRO


07/04/2014
Cidade
Grupo estimula a adoção tardia e reforça aspectos legais para que não haja irregularidades
Adotar crianças mais velhas, para o juiz da Vara da Infância e Juventude, Rogério de Toledo Pierri, é ter amor e paciência em dobro. Com o objetivo de estimular a adoção tardia, o GAAP (Grupo de Apoio à Adoção de Piracicaba) - Doce Ação é um dos parceiros da Justiça.
Psicólogos e assistentes sociais orientam os interessados na adoção e também oferecem apoio aos que já receberam as crianças em casa.
“Nosso objetivo é propor uma reflexão sobre a responsabilidade de se adotar uma criança e preparar os casais ou solteiros para a chegada esse filho. Muitos chegam aqui querendo uma criança recém-nascida, branquinha de olhos azuis. Mas após nossos encontros, orientações, muitos acabam adotando uma criança maior e trabalhamos muito para que não haja a devolução. Ser pai biológico às vezes acontece em um momento em que você não quer, mas ser pai adotivo é uma escolha, então é sua obrigação amar essa criança”, disse Maria Claudete Santiago Silveira Mello, 60, coordenadora do grupo e que também é mãe adotiva.
Além de estimular a adoção tardia, o GAAP também reforça os aspectos da lei para que não ocorra a adoção irregular, aquela quando a pessoa não realiza o cadastro na Justiça, a fim de “furar fila”. Segundo a promotora Milene Telezzi Habice, as consequências podem ser prejudiciais às próprias crianças.
“O interessado na adoção às vezes fica sabendo que tem a prima de uma amiga da empregada que está grávida e que vai querer entregar o filho para adoção. Aí o casal se aproxima dessa pessoa, acompanha toda a gestação e depois fica com a criança, burlando o cadastro. Esse casal não vai conseguir oficializar a guarda, porque a Justiça vai pedir busca e apreensão da criança. Sem a certidão de nascimento, os pais não conseguem realizar a matrícula na escola, fazer um cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) para que a criança possa ser atendida em alguma unidade... Tem casais que acham que vão conseguir manter um bom relacionamento com a mãe biológica e que podem chamá- la para fazer essas coisas, mas essa mãe pode sumir, pode começar a exigir dinheiro. Com certeza, esse não é o melhor caminho, nem para os pais, nem para a criança”.
Reportagem: Pâmela Paduan
http://m.jornaldepiracicaba.com.br/mobile/noticia.php?id=7973

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