domingo, 13 de abril de 2014

RECÉM-NASCIDA ABANDONADA PELA MÃE NO MATAGAL PERMANECERÁ NA CASA DA CRIANÇA


13-04-2014
Cidades


A recém-nascida abandonada pela mãe em um matagal, no bairro São Jorge, na noite do último domingo, permanecerá na Casa da Criança, sob a responsabilidade do Conselho Tutelar do município, até que a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues decida o destino da criança. A menina poderá voltar à família biológica, já que tem preferência pela guarda ou ser colocada para a adoção. O bebê foi encontrado na manhã de segunda-feira, por uma moradora do bairro que ouviu o choro e chamou a polícia.
A mãe da criança, V.B.S, 29 anos, vendedora de uma boutique localizada na rua Coronel Faria, área central da cidade, foi identificada na quarta-feira, por uma equipe da delegacia Especializada da Defesa da Mulher. Em depoimento, ela confirmou o que fez e alegou que estava com medo de ser abandonada, já que o marido havia lhe dito que não queria mais ter filhos.
V.B.S diz que deu a luz no banheiro de casa, no domingo, por volta das 21h30. Depois, enrolou a recém-nascida em uma toalha de banho azul. Quando amanheceu, levou-a com o carro da família, um Renaul Clio, para um terreno próximo. Quando a menina foi encontrada, ainda tinha o cordão umbilical pendurado, indicando que teria sido rasgado, e suja de sangue e fezes. O pai não estava em casa e os filhos dormiam em outro quatro. Todos disseram à polícia não terem percebido a manobra para se desfazer da filha.
Em entrevista a uma emissora local, na manhã de sexta-feira, a juíza disse que pretende ouvir todos os envolvidos no caso, principalmente, os pais da menina, antes de tomar qualquer decisão. A delegada Mariell Antonini Dias, titular da Delegacia Especializada da Defesa da Mulher, disse que pretende intensificar as investigações. Ela tem dúvida de que o marido de ele não tinha conhecimento da gravidez da esposa.
Ao comentar, a delegada que apura o crime disse que, “afirmo de antemão que, ao concluir o inquérito policial, essa mãe será indiciada por tentativa de assassinato e supressão de estado de filiação. Porém também investigo a participação do pai. Como que um marido não sabe de uma gravidez por tanto tempo? É no mínimo estranho”.
Em depoimento, a vendedora chorou muito e se mostrou arrependida. “Quero minha filha de volta, foi o que ela disse para mim”, relatou à delegada. “Só que ela teve a intenção de matar, já que não tomou os devidos cuidados, principalmente de assepsia, e deixou a criança no matagal, abandonada à própria sorte, ao invés, de, por exemplo, entregá-la à adoção”. V.B.S. é mãe de mais 3 filhos, todos menores.
Foto / Web
http://www.expressaonoticias.com.br/?pg=noticia&idn=9377



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