sábado, 28 de junho de 2014

GAROTA COM DEFICIÊNCIA É EXEMPLO DE SUPERAÇÃO EM NOVA ANDRADINA


27/06/2014 08:35:00
Maria Cicera, mãe adotiva de Maria Eduarda, contou ao Nova News como o destino as uniu
O termo "superação" é bem mais que uma simples palavra na vida da cadeirante, Maria Eduarda Gomes da Costa, de apenas 11 anos, que se destacou em meio aos dançarinos de uma quadrinha organizada pela Escola Estadual Irman Ribeiro, em Nova Andradina, na manhã desta quinta-feira (26).
Maria Eduarda não escondia a alegria em poder participar da apresentação com seus colegas de classe e, dessa forma, alegre e descontraída, acabou emocionando muitas pessoas que foram até a escola prestigiar o evento realizado em alusão às festas juninas.
“As vezes vemos tantas dificuldades em nossa vida, que acabamos achando que são coisas impossíveis de se resolver e até desistimos de muitos sonhos. Ao ver esse anjo com essa alegria toda, percebo que problemas se tornam menores quando se tem força de vontade e um sorriso no rosto”, disse uma mãe emocionada.
A aluna Maria Eduarda, que nasceu com lesão neurológica e micro cefalia, é filha adotiva de Maria Cicera e Jaci Gomes. A garota foi assistida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Nova Andradina durante determinado período e, ao completar os 10 anos, foi transferida para a Escola Irman Ribeiro, com o intuito fortalecer os vínculos referentes à inclusão social.
Segundo a professora Sandra Capessi, que acompanha de perto o aprendizado da Maria Eduarda, a forma de ensinar a aluna é trabalhada de maneira especial. “A Maria tem dificuldades para se expressar, para segurar as coisas e para entender certos acontecimentos, por isso precisamos trabalhar de maneira diferenciada, mas sempre visando a inclusão com os colegas”, explicou.
A professora contou que Maria Eduarda obteve resultados fantásticos desde seu ingresso no ensino regular. “Ela tem sim certa dificuldade, mas o mais importante para Maria é a interação com os alunos. Ela é bastante querida entre os amigos e os resultados desse contato estão sendo bastante positivos", disse a educadora.
UMA BELA HISTÓRIA
A mãe adotiva de Maria Eduarda, contou ao Nova News a trajetória da filha. Maria Cicera, explicou que Maria Eduarda, na verdade é sua sobrinha e que foi adotada por ela aos dois anos de idade. O fato ocorreu durante uma visita no Assentamento Pana, na região da divisa de Nova Andradina com Nova Alvorada do Sul, que Maria Cicera decidiu adotar a criança.
A mãe contou que foi visitar o pai e, ao chegar no sítio, se deparou com a criança, de apenas dois anos, em condição bastante delicada. A menina, que estava, até então, sob os cuidados da mãe biológica, nunca havia sido levada ao médico, por exemplo. Maria Cicera confessou que voltou para Nova Andradina com muita vontade de tomar uma iniciativa e, dias após a ida até o assentamento, enviou um recado para a irmã.
“Eu disse a ela, que mandasse a Maria para que eu pudesse levá-la ao médico”, disse. Alguns dias depois, a criança já estava em Nova Andradina e foi submetida a várias consultas e exames que comprovaram sérios problemas de saúde. A menina passou por uma sequência de tratamentos que restabeleceram sua saúde, porém, no meio do percurso, um laudo diagnosticou uma lesão neurológica e uma microcefalia.
A mãe foi aconselhada a encaminhar Maria Eduarda para a APAE. Daí em diante, Maria Cicera que já havia conseguido a guarda provisória da criança, conquistou a guarda permanente e registrou Maria Eduarda em seu nome. “Não tinha a intenção de adotá-la, mas no fundo eu sabia que não seria capaz de deixar que ela voltasse para a situação em que a encontrei. Sempre soube, desde o dia em que a vi pela primeira vez, que ela seria minha filha, e que eu havia sido escolhida para cuidar ela”, falou a mãe emocionada.
Maria Cicera, que tem outros três filhos, todos casados, finalizou dizendo que o amor é o melhor remédio para vencer toda e qualquer dificuldade que a vida possa colocar em nossos caminhos.
Sempre com muita alegria, Maria Eduarda participou da apresentação, muito confiante (Foto: Germino Roz)
Maria tem 11 anos, e desde os 10 frequenta a Escola Estadual Irman Ribeiro (Foto: Germino Roz/Nova News )
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