segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A ANSIEDADE DE QUEM AGUARDA POR UM FILHO


13/01/2015
Fortaleza
CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO
Ruth Sousa, 43, é uma das 321 pretendentes do Ceará habilitadas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Desde julho passado, ela e o marido Igor Ribeiro, 33, aguardam um menino ou uma menina - para chamar de filho ou filha. A espera é cheia de ansiedades. Como todas as mães, ela imagina como será o rosto da criança, quais serão os brinquedos preferidos e até qual profissão, no futuro, será escolhida. “É um início de gravidez”, garante.
Depois de passar anos atuando como voluntária em instituições de acolhimento, Ruth explica, chegou o momento de tornar-se uma mãe. “Ficava sempre no meu pensamento o quanto as crianças queriam uma família. Eu imaginava, mas ainda não sentia a vontade. Pois não tinha chegado o momento. Eu brincava com as crianças, dizia tchau e ia embora. Mas, em um momento, comecei a sonhar com a chance de ser a mãe de uma dessas crianças”, explica.
A ansiedade da espera, por vezes, se traduz nos primeiros cuidados. O quarto do futuro filho ou da futura filha já está quase pronto - com móveis e pintura. “Nossos amigos já perguntam, nossa família pergunta. Mas há um frio na barriga. Nesses momentos penso nos meus colegas que adotaram e têm uma experiência de maternidade e de paternidade incrível, encantadora e indescritível”.
O casal se inscreveu no CNA, mecanismo obrigatório para quem quer adotar no Brasil, e aguarda apenas uma ligação telefônica comunicando que foi encontrada uma criança com o perfil desejado. O processo de habilitação envolve entrevistas, visitas técnicas, cursos e avaliação. “Algumas pessoas acham difícil (ingressar no cadastro), eu acho necessário. Vejo casos de pessoas que adotam e logo em seguida devolvem a criança. É muito traumático. Para evitar a situação, a avaliação deveria até ser mais rigorosa”, opina Ruth. (Isabel Costa)
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