sexta-feira, 6 de março de 2015

NOSSA FAMÍLIA, UMA HISTÓRIA DE ADOÇÃO

02.03.2014
Quando casamos sabíamos da impossibilidade de não gerar filhos. Pensamos então em viajar muito, estudar e vivermos a vida um para o outro, porém o desejo de formar uma família era muito grande, então começamos procurar tratamentos para gravidez e paralelamente estudamos a possibilidade de adoção.
Em determinado momento desistimos dos tratamentos de gravidez e pensamos na adoção com segurança, procuramos a vara da infância pensando em um bebê de até 08 meses. Iniciamos o processo e após curso mudamos definimos o perfil. Menina de até 04 anos podendo ter um irmão ou irmã.
Como pensávamos em ter mais de um filho, sonhávamos mesmo com uma família maior, ficamos sabendo também no curso que adotar irmãos é mais fácil à adaptação do que primeiro adotar um depois outro. Preenchemos a ficha com o perfil desejado onde solicitamos vários estados do Brasil para termos mais oportunidade de sermos chamados, pois Curitiba devia ter uma fila de espera muito grande, para nossa surpresa a ligação tão esperada veio de Curitiba.
Fomos habilitados em 07/12/2012 e então a “gestação” foi assistindo palestras sobre adoção, de vez em quando ligando para a vara da infância perguntando sobre a “fila” de espera, olhando para as crianças nas ruas, escolas, parques, shopping e pensando como serão nossos filhos?
Enquanto esperávamos não paramos de pesquisar sobre o assunto e aos poucos fomos reformulando o perfil desejado, em agosto de 2013, alteramos o perfil para até 08 anos a idade. Então em 17/10/2013 recebemos a tão esperada ligação da vara da infância de Curitiba, perguntando se gostaríamos de conhecer um casal de irmãos, de 06 e 07 anos, foi um final de tarde e uma noite longa, afinal nosso sonho estava próximo a se realizar.
Na vara a infância a assistente social nos mostrou a foto das crianças, já encontramos traços nossos nos rostinhos deles e queríamos vê-los logo, mas a visita ao lar só foi agendada para o dia seguinte um sábado.
No Lar a assistente social do lar nos mostrou algumas fotos das atividades que as crianças participavam, uma mistura de alegria e medo tomou conta de nossos corações, estávamos ali a um passo para conhecer nossos filhos. Fomos informados que o Roger não estava no lar, ele estava no ensaio de Natal do Palácio Avenida. A Gabryele estava na sala de TV com mais umas 5 meninas brincando com bonecas, quando chegamos a assistente social nos apresentou dizendo que éramos um casal que estava ali para conhecer o lar, então a Gabryele levantou olhou para nós e disse: Vocês é que vão ser meus pais?
Ficamos quase sem ação e falamos que provavelmente sim, sentamos no chão junto com elas e brincamos um pouco, logo chegou o ônibus com as crianças que estavam no ensaio e de longe a Gaby gritou para o Roger: venha ver nossos pais, ele se aproximou e nos abraçou um pouco meio confuso do que estava acontecendo. Almoçamos com eles e passamos aquela tarde no parquinho do lar com eles.
No final de tarde nos despedimos com a promessa de agendar outra visita e já com o coração apertado por ter que deixá-los. Naquele final de tarde e no domingo vivemos uma experiência inexplicável emoção, medo ansiedade tudo junto, mas dizemos sim que queríamos conhece-los melhor. Foram algumas visitas nossas até o lar e algumas visitas deles em nossa casa, queríamos leva-los logo para morar com a gente, mas como estavam em aula deveríamos esperar as férias escolares de final de ano e as apresentações do coral terminarem.
Neste período preparamos o quarto, as roupas, os brinquedos, procura de escola para o próximo ano, foi uma correria, mas foi também uma alegria finalmente teríamos uma família completa.
No dia 16/12/2014 finalmente eles vieram morar conosco, procuramos fazer tudo o que nos orientaram para a convivência ser bem sucedida, mantivemos as terapias com a psicóloga e fizemos duas visitas ao lar, pois a Gaby sentiu saudades das amiguinhas, passamos algumas dificuldades na adaptação mas foram superadas. A sim, eles nos testam, a gente pensa que com a gente não vai acontecer, mas acontece sim, eles com testam muitas vezes, para saberem até onde podem ir ou seja onde estão pisando, eles sempre nos chamaram de pai e mãe com carinho, procuramos então ser paciência, compreensão e muito amor sem deixar de dar os tão necessários limites. Hoje somos uma família completa e em nenhum momento nos arrependemos da decisão que tomamos, amamos cada dia mais nossos filhos. Lalriano Simoes dos Santos Noemia Moser dos Santos Roger Moser dos Santos Gabryele Moser dos Santos .
http://adocaoconsciente.org.br/…/nossa-familia-uma-histori…/

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