quinta-feira, 12 de março de 2015

O BEBÉ QUE A AVÓ DEU À LUZ PARA O FILHO SOLTEIRO E HOMOSSEXUAL


Por Fernanda Câncio
Kyle Casson, 27 anos, trabalhador num supermercado em Doncaster, South Yorkshire, queria muito ser pai. Mas, homossexual e solteiro, não tinha a tarefa facilitada. Depois de bater à porta de várias clínicas em busca de uma mãe de substituição e ser rejeitado, e de uma amiga que se oferecera para lhe gerar um filho não ter conseguido engravidar, a mãe, Anne-Marie Casson, de 46 anos, resolveu realizar-lhe o sonho. Recorreram aos serviços de uma clínica de reprodução assistida e o óvulo de uma dadora, fertilizado com um espermatozoide de Kyle, foi implantado no útero de Anne-Marie. A criança, que recebeu o nome de Miles, nasceu há oito meses e um tribunal de família acaba de permitir a Kyle adotar o filho biológico, que legalmente era até agora filho de Anne-Marie e do marido.
A maternidade de substituição não é ilegal no Reino Unido - qualquer pesquisa no Google permite encontrar várias clínicas e agências que oferecem os seus serviços para o efeito e o número de bebés nascidos desta forma tem vindo a aumentar - mas tem entre os requisitos que os candidatos a pais estejam em casal, "numa relação familiar duradoura". O juiz que decidiu o caso, porém, fundamentou a deliberação no facto de Kyle e Miles já terem uma relação familiar, a de irmãos, mencionando também a opinião de assistentes sociais. Estes consideraram que a adoção iria fortalecer os laços que pai e filho já têm.
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