segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ E ADOÇÃO POR HOMOSSEXUAIS (Reprodução)

Domingo, 14 de Fevereiro de 2016
Sara André
Diário de Notícias
Opinião ...
Precisamos é de famílias, sejam elas de casais homossexuais e heterossexuais ou mesmo monoparentais, que amem os seus filhos

Estas são matérias polémicas, pois ainda existe muito preconceito e valores judaico-cristãos enraizados na nossa sociedade que penalizam estas duas temáticas, apesar do Papa, recentemente, já ter abençoado um casal de lésbicas, numa clara demonstração de tolerância relativamente à orientação sexual.
Preconceito posto de parte, esta é uma questão de direitos humanos. Independentemente da orientação sexual e género, todos tem direito a constituir família e esta norma está consagrada não só na nossa Constituição como na lei internacional. Não pode haver discriminação com base na orientação sexual.
Acrescento ainda que o que precisamos é de famílias, sejam elas de casais homossexuais e heterossexuais ou mesmo monoparentais, que amem os seus filhos e respeitem as crianças e os seus direitos. Já basta de, hipocritamente, justificar com o injustificável. Homossexualidade não é sinônimo de pedofilia. Temos milhares de famílias monoparentais e famílias completamente desestruturadas. Basta olhar para as notícias e ver o flagelo das violações e violência sobre crianças por parte de heterossexuais, pais de família e membros “honrados” da nossa sociedade, tal como os números de alienação e abandono parental são significativos.
As restrições que vigoravam a propósito da interrupção voluntária da gravidez chocava igualmente com os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. O que este país realmente precisa nesta matéria é de uma política eficaz de apoio à família e às crianças. Só assim, tenho a certeza, cada vez menos mulheres irão sentir a necessidade de interromper a sua gravidez. É certo que falamos do direito à vida do feto, daí ser uma matéria tão sensível, mas a verdade é que futuro terá aquele feto que se irá tornar numa criança num país sem reais estruturas de apoio em que todos “chutam” para o lado as responsabilidades.
(...)

Original disponível em: http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/568504-interrupcao-voluntaria-da-gravidez-e-adocao-por-homossexuais

Reproduzido por: Lucas H.

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