quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Foram tantas emoções: Pré-estreias do Festival do Rio levam plateia às lágrimas (Reprodução)

11/10/2016

O fim de semana foi de muitas pré-estreias, festas e jantares para a turma do cinema, que não parou quieta em casa nesses primeiros dias de Festival do Rio. Foram fortes emoções: na pré-estreia de “Então morri”, de Bia Lessa e Dany Roland, no Roxy, Fernanda Schumann — a menina que aparece sendo dada pela mãe para adoção logo depois do parto — estava lá e viu pela primeira vez, na tela de cinema, o rosto de sua mãe biológica. Lágrimas rolaram.

Naquela noite, Fernanda completava 19 anos, o mesmo tempo que o filme levou para ser feito. “A mãe adotiva dela sabia que tínhamos filmado o seu parto e nos procurava há 17 anos”, conta Dany. “Fernanda achou Bia pelo Facebook no ano passado.


O chororô também rolou solto na sessão de “Divinas divas”, documentário afetivo que marca a estreia de Leandra Leal na direção. O filme conta a história das transformistas que têm seu porto seguro no Teatro Rival, comandado por Leandra e por sua mãe, Angela Leal. A plateia sacou seus lencinhos da bolsa quando Otávio, marido de Jane Di Castro, deu seu depoimento. Ele contou, de maneira toda apaixonadinha, que os dois estão juntos há 46 anos e só agora conseguiram formalizar a união estável. Gloria Perez e Vera Holtz choraram bem nessa hora.

Cauã Reymond também estava lá e causou rebuliço entre os convidados — as “divas” do filme, inclusive. “É um deus grego, lindo de qualquer maneira. De homem, de trans, de mulher, é uma beleza que transcende gêneros”, disse Jane. E o filme?, quiseram saber de Cauã. “Adorei”, disse o ator. “É um documentário muito sensível. Ri, me emocionei e pude conhecer a trajetória dessas artistas incríveis, que batalharam muito por um direito fundamental: serem respeitadas por suas escolhas.” Do Odeon, onde participava da estreia mundial de “Dominion”, filme com John Malkovich também no elenco, Rodrigo Santoro partiu para um jantar em sua homenagem, em Ipanema. A preocupação dos promoters Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho, que selecionaram os 40 convidados, era a de que o diretor, o americano Steven Bernstein, não se sentisse deslocado — por isso, a lista era 50% brasileiros e 50% estrangeiros.

Também no Odeon, Andreia Horta, que interpreta Elis Regina no filme “Elis”, abriu a sessão assim: “É uma honra ter recebido essa convocação extraordinária do Olimpo para interpretar essa artista brasileira que tem uma obra colossal. Porque um grande artista não morre, ele passa a viver na memória da gente”. A atriz, que não tinha nascido quando Elis morreu, estava emocionada e disse que a personagem a fez evoluir “como atriz e como mulher”.

Original disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/gente-boa/post/foram-tantas-emocoes-pre-estreias-do-festival-do-rio-levam-plateia-lagrimas.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

Reproduzido por: Lucas H.

Nenhum comentário: