segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Escritora e psicóloga judiciária lança livro em Campo Grande sobre a adoção (Reprodução)

06 de novembro de 2016
Profissional atuante em São Paulo, Laucia Amerina Santos Neri, psicóloga clínica e judiciária, lançou neste sábado (5), em Campo Grande, o livro “Desvelando a adoção… Quem, quando e como? ”. O lançamento aconteceu nas livrarias Arquitecnica e Leparole na Capital.  A escritora conversou sobre a obra com a equipe do jornal O Estado.
Baseado na importância da revelação da adoção, a escritora e psicóloga comentou sobre o tema do livro e alertou “contar sobre a adoção é o início do processo de confiabilidade entre a criança e os pais”.
Para criar o livro, Laucia disse que se fundamentou em três mitos: Édipo, Narciso e Eco. “Juntei os três mitos para falar que se a pessoa não sabe da adoção, fica perdida porque tenta entender e acaba caindo na repetição “por que eu? Por que eu? ”. O objetivo é falar sobre a revelação e mostrar a importância disso.
Laucia ressaltou ainda que os pais precisam ter consciência do que querem antes de entrar com processo de adoção, para que tudo dê certo. “Adotar é um trabalho extremamente delicado. A pessoa precisa saber o que ela quer para dar certo. Por exemplo, se a pessoa se prepara para adotar um recém-nascido, mas a justiça diz que não, só há possibilidade de uma criança de dois anos, pode não dar certo porque a pessoa não estava pronta, preparada para isso. Ela pensava num processo anterior a isso. Se ela for uma pessoa extremamente evoluída, pode criar um espaço e aprender a gostar, senão ela trava”, explicou.
Para a psicóloga, os pais precisam ter certeza do motivo pelo qual escolheram adotar, para saber se estão tomando a decisão pelo motivo adequado. “Também precisamos saber qual o significado da adoção para essa pessoa. Sempre pergunto: ‘Você quer resolver um problema ou quer ser pai e mãe?!’ Se quiser ser pai e mãe, saia da idealização e viva o processo de evolução com aquele ser. Senão, essa rigidez e exigência por um filho branco, negro, etc, vai fazer com que a pessoa não consiga o passo seguinte que é viver a maternidade/paternidade psíquica, que é a maternidade/paternidade adotiva. A falta de parar para pensar no que quer, pode gerar conceitos não adequados. Há casais, por exemplo, que procuram a adoção para tirar a criança da rua, por sentir um vazio em casa e a necessidade de preencher esse vazio, há alguns anos para esconder o homossexualismo ou esterilidade, mas nada disso resolve com a adoção”, relatou.
Reproduzido por: Lucas H.

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