quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Na adoção ou com a fertilização, a história de homens loucos para serem pais (Reprodução)

13/08/2017

Nem só de mãe se faz a luta para ter um filho quando algo impede que a gravidez chegue de uma maneira natural. Tem muito homem por ai que entrou nessa batalha determinado e descobriu a paternidade bem antes da chegada dos filhos.

Pai de gêmeos, a vontade do empresário Claudiney Casarotto Balan de ouvir o choro dos bebês em casa era infinita. Casado com Letycia Furtado há 8 anos, hoje eles são pais de Arthur e Eduardo. Foi em 2015 que diante da expectativa da família, o casal decidiu ter um filho. Foram 6 meses de exames de rotina e várias tentativas de engravidar, até que por recomendação médica decidiram pela fertilização.

Para angústia e ansiedade de Claudiney que desde a juventude sonhava em ser pai, a primeira fertilização não deu certo. "Infelizmente o embrião não sobreviveu. Foi uma notícia que trouxe muita angústia porquê só a gente sabe do amor e sonho que tínhamos de ter um filho. Mesmo assim decidimos tentar pela segunda vez", diz o empresário.

O medo existia, mas Claudiney nunca deixou a fé de lado. "Eu sabia que nossos filhos chegariam no momento certo. Resolvemos tentar a segunda fertilização com a certeza que se Deus quisesses que fossemos pais, tudo daria certo".

Para a alegria, a notícia boa chegou em dose dupla. "Aconteceu um caso raro. Durante o procedimento, foram colocado em Letícia dois embriões, mas um deles não sobreviveu e, o outro, se dividiu e recebemos a notícia que seríamos pais de gêmeos".

Claudiney não consegue mensurar a felicidade que sentiu naquele momento, porque seu coração já guardava o amor de pai desde o casamento. "É surreal o sentimento. Eu acompanhei cada passo da minha esposa. Na minha cabeça esperava ansiosamente pelos filhos, íamos juntos as consultas, viagens e ultrassons, até o momento que vi meus filhos chorando", conta.

Na espera  Quando o ator Valdenir Santana, de 32 anos, teve a certeza que ele e a esposa não poderiam ter filhos, nada mudou no sonho e os dois entraram na espera pela adoção. "Era uma vontade do meu coração amar alguém que um dia deixou de ser amado por alguém", declara.

Já são anos na expectativa. A vontade de ter uma criança correndo pela casa, ouvir aquela voz doce o chamando de pai e o carinho das mãozinhas, fez Valdemir montar o quartinho com toda delicadeza mesmo sem um resposta da justiça.

"Desde começo é um sonho que vem do coração de Deus. Sou muito sensível quanto a isso e nunca neguei o meu desejo de adotar uma criança. Eu e minha esposa Juliana esperamos ansiosamente por uma menina, mas infelizmente a justiça é burocrática demais para quem tem este sonho", lamente.

Hoje, no Dia dos Pais, Valdemir afirma que sonha com o dia de ser chamado de pai. "Hoje mesmo estou com o meu pai sonhando com o dia que serei abraçado nesta data. Acredito que isso será um milagre de Deus e na hora certa ela virá".

Apesar da demora, a esperança é um alento para o coração de Valdemir. "Por um lado essa angústia da espera já me fez desacreditar que esse dia chegaria. Por outro, acredito ser um mal necessário, afinal, não se pode fazer as coisas de qualquer jeito e entregar uma criança a qualquer pessoa.
Compreendo toda demora, mas espero que a justiça possa olhar essa história com mais carinho", torce. 


Reproduzido por: Lucas H.

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